Michael Rasmussen critica a ideia de Chris Froome e Wout van Aert em limitar as mudanças de velocidade por razões de segurança!

O tema da melhoria da segurança no ciclismo está mais uma vez na vanguarda das mentes do pelotão. Recentemente, tanto Chris Froome como Wout van Aert apoiaram a ideia de limitar as mudanças para aumentar potencialmente a segurança. No entanto, esta ideia não foi aceite por todo o mundo do ciclismo.

Uma das vozes discordantes é a de Michael Rasmussen, quatro vezes vencedor de etapas da Volta a França. No programa Cykeltimen, da Viaplay, o dinamarquês revelou a sua preocupação com a ideia de introduzir uma regra que limitaria o número de mudanças nas bicicletas profissionais. "Raramente se ouve isto de ciclistas jovens e progressistas e penso que esta iniciativa vai contra tudo o que vimos no ciclismo até agora", começa por explicar."

"As pessoas andam de bicicleta há 150 anos e, durante todo esse tempo, o objetivo era andar o mais depressa possível e desenvolver bicicletas para serem o mais rápidas possível. Não consigo imaginar que se imponham restrições como na Fórmula 1", continua Rasmussen, comparando os potenciais regulamentos com os que melhoraram a segurança no desporto automóvel. Da próxima vez que houver um acidente em paralelos, vai-se ouvir as pessoas dizerem: "Como é que os paralelepípedos podem ser mais seguros?"

Embora Rasmussen seja veementemente contra a ideia proposta por Froome e Van Aert, o dinamarquês consegue perceber porque é que estes dois, de entre todas as estrelas do pelotão, foram os únicos a apresentar tal proposta. "Estes dois estiveram expostos a acidentes em situações relativamente simples", afirma, referindo as quedas que Froome e Van Aert sofreram nas respetivas carreiras. "Froome teve uma queda quando estava a pedalar sozinho e o vento soprava na sua direção. Além disso, depois apresentou uma proposta para proibir as bicicletas com mudanças, porque eram demasiado perigosas para andar. É um pouco louco", conclui Rasmussen.

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