Michael Valgren regressa lentamente ao seu melhor nível. Quase um ano após uma queda que quase pôs fim à sua carreira na Route d'Occitanie, o Dinamarquês retomou as corridas em abril, recuperando das lesões na anca e na perna. Durante a época de 2023, participou em 41 dias de corrida e espera voltar ao seu melhor nível em 2024.
"Os primeiros seis meses foram uma merda. Não fiz quase nenhum progresso, foi um pesadelo. Nos primeiros seis meses tive muitas dúvidas. Falei muito com a minha família, o que me fez continuar a trabalhar arduamente e [são] a razão pela qual estou aqui agora", disse Valgren ao In de Leiderstrui. "Depois dos campeonatos nacionais, fiz uma pequena pausa e voltei para casa da família, na Dinamarca. Trabalhei na minha forma lá e no Giro della Toscana senti que pertencia de novo à equipa. O Tour de Langkawi foi uma corrida um pouco estranha, mas também tive a mesma sensação."
Ele e o chefe de equipa
Charles Wegelius falaram sobre o que foi uma recuperação longa e muito difícil. No entanto, uma recuperação que parece estar a ser bem sucedida. Valgren terminou no Top10 da etapa rainha da Volta à Dinamarca, da Coppa Sabatini e da Japan Cup no final da época. Nas corridas montanhosas, Valgren esteve a um nível competitivo e acredita que as lesões já não o prejudicam: "Sinto-me bem e quase diria que já não há diferença em relação ao que sentia antes da queda. Estou de volta ao meu melhor nível e isso é mentalmente muito bom."
"No ano e meio em que estive ausente, o nível do pelotão subiu, mas estou a chegar lá. Continuei a treinar para voltar a competir em corridas como a Volta à Flandres e o Paris-Roubaix", afirma, dois dos seus maiores objetivos. "Não é bom não as ter feito durante dois anos. Estou ansioso por voltar a correr ao mais alto nível, é daí que vem a minha motivação. Só tenho 31 anos, por isso ainda tenho alguns anos bons pela frente. Estou feliz por estar de volta ao nível e 2024 será uma nova época".
Num ano em que os ciclistas vão disputar os Jogos Olímpicos, Valgren espera ser útil ao país, mas também espera atingir um nível elevado, tal como fizeram os seus compatriotas Jonas Vingegaard e Mads Pedersen. "É ótimo para o ciclismo Dinamarquês. A desvantagem é que, quando estou entre os dez primeiros, já não é muito bom, enquanto eu posso ficar muito feliz com isso."
"Continuam a ganhar e é disso que o ciclismo Dinamarquês precisa para continuar a crescer. Os jovens têm de continuar a pedalar, por isso estou feliz por eles. Mas tenho os números para competir com eles novamente em 2024, lá estarei!"
