Cian Uijtdebroeks tornou-se a grande contratação da Movistar Team, um passo que marca uma viragem na estratégia da equipa espanhola para reforçar a sua presença nas Grandes Voltas. Depois de sair da
Team Visma | Lease a Bike, o jovem belga chega com ambição de crescer como corredor de três semanas e dar profundidade ao bloco nas provas mais importantes do calendário.
O corredor manifestou satisfação com a nova equipa e surpresa pelo nível de profissionalismo que encontrou na Movistar. Em declarações ao Het Nieuwsblad, Uijtdebroeks destacou a força da estrutura, o foco personalizado na nutrição e no bem-estar, e uma visão partilhada para crescer nas Grandes Voltas, fatores que alimentam o seu entusiasmo para esta nova fase, em contraste, por exemplo, com o que levou o seu ex-colega na Visma, Matteo Jorgenson, a sair da equipa.
Objetivos e mudança de equipa
Uijtdebroeks falou sobre a decisão de deixar a Visma e assinar pela Movistar, explicando que o seu objetivo principal é evoluir como corredor de Grandes Voltas e que precisava de uma equipa que lhe permitisse perseguir essa meta.
“O meu objetivo sempre foi melhorar como corredor de Grandes Voltas, e a melhor forma de o conseguir é poder disputá-las. Na Visma, nem sequer tinha a certeza de o poder fazer em 2026. A partir daí, já não estamos em sintonia. Comecei a procurar uma equipa alinhada com a minha ambição, e a Movistar encaixa na perfeição. Podemos crescer juntos nas Grandes Voltas. Não esqueçam que já tinha falado com eles antes de assinar com a Bora”.
Cian Uijtdebroeks, destaque da apresentação da Movistar Team
Estrutura e apoio da Movistar Team
O corredor sublinhou também a importância da estrutura de apoio da Movistar, sobretudo em
áreas como a nutrição e o bem-estar pessoal, que considera essenciais para o seu desenvolvimento.
“Para já, vejo um enquadramento muito profissional. Recebo um plano de nutrição todos os dias, não através de uma app, mas de um especialista que fala diretamente comigo e faz ajustes quando necessário. Acho que podemos ser um bom encaixe. Sou um corredor que por vezes perde o contacto com o que sente. A equipa vai puxar por isso, perguntando: Cian, sim, os teus números estão bons, mas também te sentes bem como pessoa? Isso pode resultar claramente”.
Vida pessoal e sacrifícios
Uijtdebroeks refletiu sobre o desafio de equilibrar a vida pessoal com a carreira profissional e como ele e a sua companheira Magdeleine Vallières, campeã do mundo, partilham uma visão comum de sacrifício para alcançar os seus sonhos.
“E depois de Guangxi, já estava num estágio com os meus novos amigos espanhóis. Nem sempre é fácil vermo-nos com frequência, mas partilhamos a mesma visão. O nosso sonho sempre foi tornarmo-nos grandes ciclistas, e isso não acontece sem sacrifício. Temos de o concretizar nos próximos 10 a 15 anos. As nossas vidas são assim agora, a perseguir o sonho”.