Com o fim da
Volta a França, os rumores do mercado de transferências voltaram a agitar o mundo do ciclismo. Uma das especulações mais intrigantes envolve o campeão olímpico
Remco Evenepoel, que tem sido fortemente associado a uma possível mudança para a
Red Bull - BORA - hansgrohe. No entanto, esta possibilidade levanta inevitavelmente uma questão: o que é que a entrada de Remco na equipa significaria para o atual líder da Red Bull para as Grandes Voltas,
Primoz Roglic?
A chegada de Roglic proveniente da Jumbo-Visma, no início da época de 2024, marcou o início de uma nova era para a Red Bull - BORA - hansgrohe. O esloveno foi contratado para liderar o projeto e levar a equipa ao mais alto nível e apesar de ter conquistado a
Volta a Espanha 2024, as prestações do cinco vezes vencedor de Grandes Voltas nas restantes provas de três semanas ficaram aquém do esperado.
Na maior e mais mediática corrida do calendário, a Volta a França, a pressão sobre os ciclistas é enorme, especialmente para corresponder às expectativas dos patrocinadores principais. Depois de ter abandonado a edição de 2024 antes da 13.ª etapa, na sequência de várias quedas, Primoz Roglic regressou em 2025, mas não foi além do 8.º lugar, superado pelo jovem colega de equipa alemão Florian Lipowitz, que conquistou um lugar no pódio ao lado de Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard.
A estes resultados menos animadores somou-se uma Volta a Itália 2025 frustrante, onde Roglic voltou a abandonar. Nesse contexto multiplicam-se os rumores de que a aguardada chegada de Remco Evenepoel à Red Bull - BORA - hansgrohe poderá precipitar a saída do esloveno. Há até quem sugira que o contrato do ciclista de 35 anos estará prestes a terminar, alimentando ainda mais a especulação sobre o seu futuro.
No entanto, segundo o chefe de equipa Ralph Denk, a confiança e o apoio a Primoz Roglic dentro da Red Bull - BORA - hansgrohe permanecem intactos. “Não é verdade que o seu contrato esteja a acabar”, afirmou Denk num recente podcast da equipa, após a conclusão da Volta a França 2025. “Falaremos depois do Tour para discutir os seus objetivos e o que continua a motivá‑lo”, acrescentou o dirigente alemão.
Denk também garante que Roglic e a Red Bull estão a pensar num futuro comum. "Ele ganhou praticamente tudo no ciclismo, excepto a Volta à França e a Volta à Suíça. Depois dessa conversa, determinaremos os próximos passos", explica.
Com Roglic agora confirmado para regressar à competição após a Volta a França, na Clásica San Sebastián 2025, crescem as expectativas sobre se ele irá tentar conquistar pela quinta vez a Volta a Espanha, o que seria histórico, poderá estar nos seus planos para este verão. “Jai Hindley, Giulio Pellizzari, Giovanni Aleotti…” enumerou Ralph Denk, referindo os nomes que já estão no alinhamento provisório da Red Bull - BORA - hansgrohe para a Vuelta. “Mas nada é definitivo. Ainda temos quatro semanas e muitas corridas pela frente”, acrescentou o director da equipa.