"Não queria sair de mãos a abanar" Lenny Martinez fez a festa no Dia da Bastilha

No simbólico Dia da Bastilha, Lenny Martinez teve uma exibição inspirada na 10.ª etapa da Volta a França de 2025, coroando um esforço combativo com a conquista da camisola da montanha. O jovem trepador francês, de apenas 22 anos, esteve na fuga com ambição de vencer a etapa, mas adaptou a sua estratégia à dureza do dia e acabou por alcançar o topo da classificação da montanha.

"Quando me juntei à fuga, estava a pensar na etapa e na camisola das bolinhas. Mas apercebi-me rapidamente que não ia conseguir lutar pela etapa. Os outros estavam demasiado fortes", explicou Martinez ao site oficial da Volta a França. "Não queria sair de mãos vazias, por isso concentrei-me nos sprints das subidas categorizadas para ganhar pontos."

O feito tem um sabor especial: o avô de Lenny, Mariano Martínez, vestiu esta mesma camisola em 1978, o que torna este momento ainda mais simbólico para a família e para o ciclismo francês.

"Claro que é estranho usar a camisola de bolinhas que o meu avô ganhou há tanto tempo, mas tenho a certeza que ele deve estar orgulhoso de mim."

Apesar de já estar fora da disputa pela etapa, Martinez terminou junto aos nomes mais sonantes da classificação geral. Cruzou a meta ao lado de Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard, um desfecho algo inesperado para quem esteve em fuga, mas que serviu de fecho simbólico para um dia memorável.

"Na final fiquei com o Pogacar e o Vingegaard, mas isso foi só porque eu queria terminar entre os 10 primeiros. É um pouco anedótico, mas depois de um dia tão bom, eu não queria terminar em 20.º, por exemplo."

Agora com a camisola da montanha vestida, Martinez traça um novo objectivo: tentar levá-la até Paris. No entanto, reconhece que terá um adversário de peso pela frente.

"Vou tentar mantê-la o mais tempo possível, talvez até Paris, mas com Tadej Pogacar vai ser difícil."