"Não se pode queimar a equipa desta forma" Chris Horner analisa a vitória de Pogacar nos Europeus e critica tácticas belgas

Ciclismo
quarta-feira, 08 outubro 2025 a 22:00
RemcoEvenepoel_JonasVingegaard_TourDeFrance_TadejPogacar
O Campeonato da Europa realizado no passado domingo confirmou todas as expectativas: Tadej Pogacar era o grande favorito e não decepcionou, lançando um ataque de longe e vencendo a solo, numa réplica do que fizera no Campeonato do Mundo uma semana antes.
Chris Horner, antigo ciclista profissional e vencedor da Vuelta, analisou a corrida no seu podcast, destacando que a equipa belga e Remco Evenepoel meteram o titulo nas mãos de Pogacar.

Tácticas belgas sob escrutínio

Segundo Horner, a Bélgica repetiu um guião já conhecido: "Eles usaram as mesmas tácticas que no Campeonato do Mundo: agressivos desde o início, atacando à esquerda, à direita e ao centro, desperdiçando balas e energia cedo."
O antigo ciclista sublinha que a Bélgica subestimou a capacidade de Pogacar em explorar a agressividade dos rivais. "Se Pogacar é o melhor trepador do mundo, não queremos que ele nos ataque numa subida de sete quilómetros a 70 quilómetros da meta. Mas a Bélgica tornou a corrida difícil desde o início."
Evenepoel, explica Horner, assumiu longos esforços na frente enquanto Pogacar se manteve protegido do vento. "O Remco esteve a puxar durante oito, talvez dez quilómetros seguidos, enquanto Pogacar não se expunha vento. Não se pode queimar a equipa desta forma e esperar vencer um ciclista do nível de Pogacar."
Quando o esloveno finalmente atacou, Evenepoel já não tinha forças. "Pogacar fez mossa com uma aceleração, depois outra. O Remco olhou por cima do ombro e sabia que estava acabado. Pogacar foi sozinho e assim terminou a corrida."
Horner foi direto sobre a estratégia que a Bélgica deveria ter seguido: "Estar na frente a puxar o Pogacar? Isso não é nada. Temos de manter os nossos colegas de equipa frescos e esperar que Pogacar ataque de longe, para podermos usar os nossos números. Se ficarmos no mano a mano, perdemos. Não se pode ir no um contra um."

Dificuldades de Jonas Vingegaard

Horner comentou também a prestação de Jonas Vingegaard, recente vencedor da Volta a Espanha, mas longe da melhor forma no Campeonato da Europa. "Largaram-no como uma pedra, derretido, rebentado. E o grupo ainda tinha 45 elementos. A Vuelta terminou há três semanas, ele teve duas semanas de folga, apenas uma semana para se preparar para o Campeonato da Europa, e não pedalou nos últimos dois dias antes da prova. Não se pode esperar milagres contra Pogacar e Evenepoel."
O antigo campeão concluiu: "Duas semanas de paragem da bicicleta não fazem com que as coisas funcionem bem, se vais para o Campeonato da Europa e lutas contra Tadej Pogacar e Remco Evenepoel. Por isso ficou a ver 45 ciclistas a ir embora e ficou incrédulo. Aquela não é a fórmula."
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