Neilson Powless foi uma das estrelas da Volta à França no início deste ano, tendo passado vários dias da corrida com a camisola às bolinhas. O Americano gostou tanto desta batalha que está agora a mudar o seu foco a longo prazo.
"Na Volta a França, há poucos dias em que se pode apostar tudo, pelo que é preciso ter cuidado. Se formos inteligentes nesses dias, podemos tirar muito partido da corrida, em vez de tentarmos fazer tudo todos os dias", explica Powless à Cycling Weekly. "Este ano, tentar ganhar os pontos de montanha exigiu que eu me empenhasse mais do que teria feito de outra forma, por isso talvez tenha desistido de alguns resultados melhores em etapas ao tentar ganhar esses pontos. Mas aprendi muito sobre a competição de montanha. Era um tipo de corrida diferente do que eu estava habituado a fazer e isso foi muito emocionante. Não me arrependo de ter tentado".
Houve uma altura em que Powless era visto como uma potencial esperança americana para o as Grandes Voltas. Depois de ver o compatriota Sepp Kuss triunfar na Vuelta, será que se sentiu inspirado para reacender um potencial desafio nestas provas no futuro?
"Acho que não estou a pensar muito na classificação geral numa Grande Volta, por isso acho que gostaria de ganhar a camisola de bolinhas num ano", explica. "Também gostaria de ganhar uma etapa da Volta à França. Fazer as duas coisas é muito difícil. Todos os anos tenho de decidir qual será a melhor oportunidade."
"A conquista da camisola este ano foi agridoce. Quando se dedica tanta energia a isso e depois a perde, é difícil de engolir. Terei de decidir com base na minha condição física à chegada ao Tour e na forma como as corridas se desenrolaram até lá", conclui o homem da EF Education-EasyPost. "Se és um candidato ao top 5, ninguém te vai deixar subir a estrada para ganhar pontos na montanha. Se quisermos ganhar os pontos de montanha, temos de perder tempo nas primeiras etapas para podermos subir a estrada. É complicado".