Analista faz balanço das Clássicas da primavera: "Nesse dia, o Mathieu van der Poel decifrou o código do Tadej Pogacar"

Ciclismo
terça-feira, 29 abril 2025 a 9:04
tadejpogacar mathieuvanderpoel
Com o encerramento das Clássicas da primavera, é tempo de fazer o habitual balanço. A temporada de 2025 ficou marcada por atuações memoráveis de nomes como Tadej Pogacar e Mathieu van der Poel, e, para o analista José De Cauwer, apesar do domínio dos dois ciclistas, a campanha foi rica e emocionante.
“Poder-se-ia pensar que não foi uma grande época porque houve um ciclista que se destacou dos outros. Mas, na verdade, foi uma bela primavera”, afirmou De Cauwer em conversa com Karl Vannieuwkerke no rescaldo da Liège-Bastogne-Liège.
O experiente comentador destacou vários momentos marcantes:
“Comecemos pela Strade Bianche. Tadej Pogacar venceu a corrida apesar de ter tido uma forte queda. Também vimos um Tom Pidcock muito forte. Depois veio a Milan-Sanremo, com uma vitória brilhante de Mathieu van der Poel. Sem dúvida, um dos pontos altos da primavera.”
De Cauwer não esqueceu o duelo na Paris-Roubaix: “Foi uma batalha de altíssimo nível. Pogacar mostrou vulnerabilidade, caiu, lutou para se aproximar, mas acabou por ceder. Nesse dia o Van der Poel decifrou o código do Pogacar.”
O analista também elogiou o desempenho coletivo da Lidl-Trek: “A Lidl-Trek merece nota máxima. Vimos o surgimento de Thibau Nys, a vitória de Mattias Skjelmose na Amstel Gold Race e o triunfo de Mads Pedersen na Gent-Wevelgem. E não esquecer que Pedersen resistiu a Pogacar e Van der Poel na Paris-Roubaix.”
Quanto a outras equipas, De Cauwer foi claro: há trabalho a fazer.
“A Team Visma | Lease a Bike precisa de um reset, mas não é culpa do Wout van Aert. Simplesmente, as coisas não correram como planeado: Christophe Laporte esteve lesionado, Dylan van Baarle não esteve ao seu nível. A Soudal - Quick-Step também terá de reavaliar muitas coisas, sobretudo com a incerteza sobre o futuro de Remco Evenepoel.”
No fecho da análise, De Cauwer deixou uma reflexão sobre a evolução do ciclismo atual:
“O que noto é que a obsessão pelos ganhos marginais parece estar a desaparecer. Os ciclistas que estão em paz consigo próprios, que correm com o coração, estão hoje em vantagem. E penso que é nessa direção que o ciclismo precisa de voltar a caminhar.”
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