Nierman conformado com a superioridade de Pogacar: "Quando alguém é mais forte, tudo o que podemos fazer é aceitá-lo"

Se restavam dúvidas sobre a forma de Tadej Pogacar após o contrarrelógio menos convincente de quarta-feira, o esloveno dissipou-as por completo com uma exibição categórica na etapa desta sexta-feira no Critérium du Dauphiné. Numa subida onde em 2023 fora Jonas Vingegaard a impôr-se com autoridade, foi agora o campeão do mundo a devolver a moeda com juros, deixando o dinamarquês da Team Visma | Lease a Bike a mais de um minuto de diferença.

O desempenho de Pogacar não deixou margem para respostas, nem mesmo por parte de Jonas Vingegaard, que quebrou face à superioridade evidente do rival. A formação da UAE Team Emirates mostrou-se coesa e com um plano bem delineado, colocando o camisola arco-íris na posição ideal para desferir o ataque decisivo na última subida.

“Pogacar foi o mais forte hoje. No final, as diferenças de tempo na meta foram significativas. Claro que esperávamos que o Jonas conseguisse estar mais perto dele na última subida. Esta foi uma etapa que caia muito bem ao Pogacar e ficou claro desde o início que a equipa da UAE tinha um plano para hoje. Quando alguém é mais forte, tudo o que se pode fazer é aceitar e felicitá-lo pela vitória”, reconheceu o diretor desportivo Grischa Niermann.

Este sábado promete emoções fortes, com a aguardada etapa rainha da edição de 2025 a colocar os ciclistas perante quase 5000 metros de desnível positivo acumulado. Os colossos Col de la Madeleine, Col de la Croix de Fer e a chegada em alto a Valmeinier 1800 formarão o cenário ideal para redefinir, ou reforçar, a luta pela geral.

“Amanhã vamos tentar de novo. Não vai ser fácil, mas estou satisfeito com a nossa forma de correr e com o espírito de luta da equipa. Vamos levar isso para a próxima etapa”, garantiu Niermann, lançando desde já o mote para o confronto nas grandes altitudes.

Na classificação geral, Pogacar cimentou a liderança com 43 segundos sobre Jonas Vingegaard, enquanto Florian Lipowitz se mantém na discussão, 11 segundos atrás do dinamarquês. O norte-americano Matteo Jorgenson, também da Visma, ocupa o quinto posto