Nils Eekhoff não tinha objectivos muito ambiciosos para o AlUla Tour que esteve na estrada a semana passada, mas a grave queda no final da terceira etapa da corrida vai afectar o resto da época de Eekhoff.
De acordo com Eekhoff, a dor é suportável. "Sinto-me como se me tivessem arrancado os dentes. Regressei aos Países Baixos no fim de semana passado e vou agora discutir as minhas opções com um cirurgião oral. Não sou especialista em medicina, mas pelo que percebi na Arábia Saudita, não parece tratar-se de uma fratura grave. A minha mandíbula está deslocada, o que significa que não consigo fechar os maxilares. Isso é especialmente irritante", confidenciou à WielerFlits.
O ciclista especialista em clássicas estará afastado durante as próximas 6-8 semanas e tem o seu calendário para a primavera em perigo pela enésima vez desde a sua estreia como profissional em 2020. Após a sua vitória (revogada) no Campeonato do Mundo de 2019 na categoria de sub-23, Eekhoff tinha expectativas bastante altas nas Clássicas, mas até agora só teve bons resultados em corridas mais pequenas, como o seu 3º lugar no Tro-Bro Leon em 2023 ou o 5º lugar na Kuurne - Bruxelles - Kuurne no ano passado.
Poder-se-ia pensar que seria possível ele manter-se no activo com um maxilar partido, mas Eekhoff explica que é muito mais complicado do que se pensa. "É muito difícil alimentar-me, só consigo ingerir alimentos líquidos. Por isso actualmente é difícil conseguir comer o necessário para poder competir".
No cômputo geral a queda de Eekhoff foi bastante feia e para quem assistiu ao incidente, ficou arrepiado, ficando a pensar no pior. "Para além do maxilar partido, tenho um ponto no queixo e algumas contusões musculares, mas é tudo. E também tenho três molares e outros dois dentes parcialmente partidos".