"No hotel é um tipo normal, mas quando está na bicicleta é um matador" - Rafal Majka dá a conhecer ao mundo o verdadeiro Tadej Pogacar

Ciclismo
terça-feira, 05 agosto 2025 a 10:23
Majka Pogacar
Após quinze anos a competir ao mais alto nível, Rafal Majka confirmou que irá pendurar a bicicleta no final da época de 2025. O polaco, que se destacou inicialmente na Tinkoff Saxo ao lado de Alberto Contador, tornou-se nos últimos anos um dos mais fiéis e valiosos gregários de montanha de Tadej Pogacar, desempenhando um papel essencial nas vitórias do esloveno.
Apesar de muitos dizerem que Pogacar é tão forte que quase não precisa de equipa, Majka foi peça fundamental no bloco da UAE Team Emirates - XRG durante três Voltas a França, entre 2021 e 2023, e no triunfo na Volta a Itália de 2024.
Majka conhece bem o homem que protegeu tantas vezes em prova. “Ele é uma pessoa normal. Passo muito tempo com ele nos quartos de hotel e é um tipo como qualquer outro, mas quando sobe para a bicicleta transforma-se num matador”, disse em declarações ao Cycling News durante a Volta à Polónia.
A última corrida da carreira do polaco será ao lado de Pogacar no final do ano. “Terminar na Volta à Lombardia com ele será muito especial”, confessou o ciclista de 35 anos.
Depois do Giro de 2025, Majka ainda ponderou prolongar a carreira, mas a vida familiar falou mais alto. “Também é importante estar com a família depois de tantos anos a viver de mala às costas. Quero terminar enquanto visto a camisola de campeão nacional da Polónia, por isso estou muito feliz por competir agora na Volta à Polónia”, explicou.
O ciclista reforça que a decisão de se retirar está ligada à vontade de acompanhar mais de perto o crescimento dos filhos. “Acabei de fazer a Volta à Áustria e terminei em terceiro da geral, mas vemos os miúdos a crescer e nunca estamos em casa”, admitiu.
Majka tem desempenhado um papel fundamental no apoio a Pogacar ao longo dos anos
Majka tem desempenhado um papel fundamental no apoio a Pogacar ao longo dos anos
Apesar de ter passado grande parte da carreira a trabalhar para líderes como Contador e Pogacar, Majka não tem arrependimentos. “Sempre tive mais trabalho de gregário, mas é gratificante trabalhar para o melhor ciclista do mundo. É mais fácil para a cabeça e desfrutei muito destes últimos cinco anos. Quando se é chefe de equipa, claro que se gosta, mas quando se é mais velho, pensa-se que talvez seja melhor ser gregário”, disse, sorrindo.
Mesmo em ano de despedida, Majka ainda sonha com uma última vitória diante do seu público. “Obviamente que vou tentar, mas sabemos que o último dia é um contrarrelógio”, rematou o campeão nacional polaco.
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