Louis Kitzki, vencedor da competição da
Zwift Academy em 2024, decidiu abandonar a carreira no ciclismo profissional devido a receios psicológicos e físicos, após ser diretamente impactado por trágicos incidentes nas corridas. O jovem ciclista de 21 anos, que fazia parte da equipa de desenvolvimento da
Alpecin-Deceuninck, revelou que a morte de colegas ciclistas foi um fator determinante para a sua decisão.
Kitzki fez o anúncio oficial em sua conta no Instagram, explicando que, após a sua última corrida no Giro Ciclistico Valle D'Aosta, onde o ciclista italiano Samuele Privitera faleceu, no dia 16 de julho, decidiu pôr um ponto final na sua carreira. "Provavelmente não é o fim de carreira que eu tinha imaginado", escreveu. O jovem ciclista já havia enfrentado outro episódio trágico no ano anterior, quando André Drege faleceu durante a Volta à Áustria. Esses eventos deixaram-no com sérias dúvidas sobre o futuro nas competições.
"Depois da Volta à Áustria do ano passado, já tinha sérias dúvidas sobre as corridas e estava prestes a desistir. No entanto, continuei a correr, mas, infelizmente, nunca mais voltei a ser o corredor que era", confessou Kitzki, refletindo sobre a sua luta mental e física após esses acontecimentos. O ciclista admitiu que se sentia cada vez mais desconfortável e preocupado com a sua segurança, o que dificultou sua capacidade de competir como antes.
O desgaste psicológico foi um fator crucial na sua decisão de encerrar a carreira. "As corridas, no final, eram apenas um efeito secundário irritante. Tinha perdido completamente o prazer de correr, e quanto mais caótica se tornava uma corrida, mais brutalmente eu me debatia mentalmente", contou. Kitzki reconheceu que, sem motivação mental, o corpo não respondia da mesma forma, e o que aconteceu no Vale de Aosta foi a confirmação de sua decisão.
Apesar de estar no seu segundo ano de contrato com a Alpecin-Deceuninck, o ciclista alemão optou por abandonar antes de fazer a transição para o World Tour. "Lamento não ter podido corresponder a algumas expectativas como ciclista profissional, mas tenho a certeza de que foi a decisão certa. Estou muito grato pela oportunidade que me foi dada pela equipa Alpecin-Deceuninck e pela Zwift".
Kitzki destacou que a sua experiência com a equipa o ajudou a melhorar fisicamente, mesmo que não tenha conseguido demonstrar essas melhorias nas competições. Agradeceu aos colegas de equipa, ao treinador Philipp Walsleben, e a todos os membros da equipa pela confiança e apoio. "Sempre gostei dos treinos e do processo de aperfeiçoamento, e espero encontrar tempo para voltar a pedalar ocasionalmente no futuro", concluiu, despedindo-se com gratidão e desejo de boas energias para todos.