À partida da 86ª
Volta a Portugal,
Iuri Leitão era claramente o cabeça de cartaz desta edição, todo um campeão olímpico, europeu e mundial em pista e já com 5 vitórias na estrada. Mesmo com poucas chances para os sprinters e sem um bom comboio, o ciclista da
Caja Rural - Seguros RGA sprintou por duas ocasiões e brilhou ainda no prólogo.
O vianense foi 2º no prólogo, 4º na chegada a Bragança, sendo o primeiro do pelotão, e 3º ontem, naquele que foi o sprint mais puro da competição. Após a jornada de ontem, a 5ª em linha, explicou o que afetou o seu rendimento no sprint final: "Foi uma etapa muito exigente. A fuga foi muito numerosa, tivemos de pôr ritmo todo o dia. Na parte final já vínhamos todos muito esgotados, tivemos de fazer um esforço muito grande na última subida para encurtar a fuga, tanto a Efapel, o Louletano e mesmo a minha. A Israel Academy nunca tinha pegado na corrida e, quando viu que a diferença estava a 30 segundos, apertaram o máximo e encostaram. A verdade é que tinham um bloco mais forte e mais capaz no final. Definiu-se por quem estava mais fresco. Os watts que eu pus no sprint são muito baixos para o que é o meu normal. Mas, com este calor e esta intensidade, já não tinha capacidade de fazer o meu sprint".
Esta deverá ter sido a última oportunidade para os sprinters, já que após o dia de descanso de hoje, seguem-se as chegadas à Guarda, à Torre, a Santarém e ao Alto de Montejunto, todas elas em subida, além do contrarrelógio final em Lisboa.
Ainda assim, Iuri Leitão teve alguns motivos para sorrir, uma vez que assumiu a liderança da classificação por pontos (camisola laranja) e sentiu o carinho imenso do público, "Sentir esse carinho é muito gratificante para mim, especialmente agora que se está a cumprir um ano de Paris’2024. Reviver esse momento e sentir que as pessoas ainda têm muito orgulho do que eu e o Rui [Oliveira] fizemos em conjunto com a Seleção de pista... Vou sair daqui com o coração cheio", expressou.
Créditos da foto: Jornal O JOGO