Com a sua segunda época a correr com as cores da UAE Team Emirates a terminar, Tim Wellens provou ser um domestique muito importante no sucesso da equipa, sobressaindo o seu trabalho na Volta a França de 2024, onde o líder da equipa Tadej Pogacar cumpriu um dos seus objectivos da temporada e recuperou a Maillot Jaune.
No final de agosto, Wellens e Pogacar, bem como o compatriota deste último, Matej Mohoric, foram fazer mais um treino no Mónaco. Até aqui não há nada de extraordinário, só que nesse dia Leo Wellens, o pai de Tim, acompanhou o trio num ciclomotor.
"Aconteceu estarmos lá num fim de semana prolongado para o baptismo do filho do Tim, de quem sou padrinho", recorda Wellens ao Het Nieuwsblad. "Ele já tinha perguntado antecipadamente se eu podia ir com ele no ciclomotor no domingo. Este tipo de treino é sempre uma mais valia, porque a forma como o Tim treina agora é diferente de antigamente. Se andarmos sempre num ritmo 'duro' durante o treino, a nossa velocidade diminui um pouco."
Inicialmente o filho não lhe disse que iria ter companhia no treino, composta pela dupla de estrelas eslovenas. "No dia anterior, de repente, ele disse-me que o Pogacar e o Matej Mohoric também viriam treinar com ele. Isso causou-me algum stress..." Leo Wellens ri-se. "Mas acabou por correr bem."
"Estavam a fazer uma espécie de contrarrelógio por equipas. A cada 200 ou 300 metros mudavam de posição. É muito difícil, porque os que estão em segundo e terceiro lugar apanham menos vento. Fizemos uma longa subida, que é um pouco mais do que um falso plano a 30 ou 35 quilometros por hora. De repente vi que o Mohoric já não estava connosco. O Tim estava atrás de mim com o Pogacar na sua roda. Quase no cimo, o Tim disse: 'agora um bloco até ao topo'. Acelerei para 40 a 45 quilómetros por hora e após cerca de 500 metros, o Tim também largou a minha roda. Aguentei por uns instantes, o Pogacar juntou-se a mim e levei-o naquela velocidade até ao topo", relembra Leo.