O que se passa com a Movistar para que seja uma das piores equipas do UCI World Tour de 2024

Embora o ano tenha começado bem, com as vitórias de Will Barta, Pelayo Sanchez, Fernando Gaviria e Oier Lazkano, podemos dizer com segurança que o início de 2024 não está a correr bem para a Movistar Team;

E, tal como foi referido no Twitter @ADescenso, a equipa era, antes da E3, a 18ª equipa na classificação do UCI World Tour. Não estamos a escrever este artigo para assustar ninguém, nem para dizer que a Movistar está atualmente em risco de despromoção (depois da E3 Saxo Classic está a 3516 pontos das posições de despromoção). Fazemo-lo para constatar uma realidade: o plano traçado para esta época não está a resultar;

CAUSAS POSSÍVEIS DE BAIXAS CLASSIFICAÇÕES.

A primeira poderá ter justificação: o baixo nível de forma de Enric Mas. Depois de um Tirreno Adriático mais do que discreto, em que não terminou entre os 10 primeiros, não está a ter muita sorte até agora na Volta à Catalunha. São pontos importantes que a equipa perde (um top 5 no Tirreno em etapas e na geral faz subir);

Dizemos que pode ser justificado porque Enric comentou antes do início da época que tinha atrasado a sua preparação para chegar em boa forma à Volta a França e à Volta a Espanha, os seus dois objectivos para este ano. Se terminar como no passado, no topo do Tour (pelo menos no top 7) e no pódio da Vuelta, justificará o seu mau arranque. Veremos...

Outra causa poderá ser a seleção de corrida dos homens rápidos Iván García Cortina e Fernando Gaviria. Cortina mostrou um bom nível em clássicas no início da época (11º em Kuurne), mas comeu a Tirreno (8º como única posição notável) e está a correr na Catalunha (apenas 20º). Nada de especial.

Fernando Gaviria tem vindo a provar há meses que não está entre os melhores sprinters do World Tour e, no entanto, correu a Volta aos Emirados Árabes Unidos com uma concorrência atroz: não conseguiu fazer nada. Neste início de campanha, há pequenas voltas e pequenas clássicas, por exemplo em França, onde estes dois ciclistas podem dar um maior contributo na conquista de pontos;

A outra razão é que, nesta época de clássicas e gerais com todos os ciclistas de topo a correr, a Movistar não tem um plantel forte para brilhar aqui e ali. Como já se disse, a escolha das provas e o facto de não competirem em provas menores fora de Espanha está a tirar-lhes muitos pontos. A ausência de Alex Aranburu devido a lesão também não ajuda a situação da equipa.

PERDA DE HOMENS CHAVE.

Escusado será dizer que perder o homem que mais pontos conquistou no ano passado, Matteo Jorgenson, foi muito mau. Atualmente, veteranos como Davide Formolo e Nairo Quintana em nada ou pouco têm contribuído.

Veremos como evoluirá a época. Mas não podemos jogar sempre a carta Oier Lazkano, que neste momento parece ser a única certeza. Temos de fazer uma melhor seleção. Veremos como correm as coisas no Giro. No ano passado, Einer Rubio esteve a um nível muito bom. A Movistar vai precisar dele novamente.

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