A primavera de 2025 marcou uma fase decisiva na evolução de
Thibau Nys como ciclista de estrada. Ainda sem triunfos em clássicas de grande nomeada, o jovem belga da
Lidl-Trek deixou claro que tem tudo para ser protagonista nas Ardenas. A sua estreia foi promissora: 12.º na Amstel Gold Race, 8.º na La Flèche Wallonne e um impressionante 5.º lugar na Liege–Bastogne–Liege.
Estes resultados não passaram despercebidos e deram o mote para elogios entusiasmados. No podcast HLN Wuyts & Vlaeminck, o antigo comentador Michel Wuyts não hesitou em afirmar a sua convicção quanto ao potencial de Nys. "Não me impressiona tanto o quinto lugar em si, mas sim a facilidade com que seguiu na La Redoute. Ele tem apenas 22 anos - há tempo e margem para construir algo sólido. O maior desafio será acompanhar esta geração liderada por Pogacar", destacou Wuyts.
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Serge Pauwels, selecionador nacional da Bélgica, elevou a fasquia ao considerar que Nys pode aspirar a muito mais do que brilhar nas Ardenas. "Se ele aguenta a Liège, também pode estar na luta em Milan-Sanremo, na Volta à Flandres e, quem sabe, na Lombardia. E com a sua bagagem do ciclocrosse, até a Paris-Roubaix é uma possibilidade", afirmou Pauwels. "Acredito mesmo que ele tem capacidade para vencer todos os Monumentos. Pelo que mostrou até agora, tudo parece ao seu alcance".
Apesar de nunca ter cumprido uma temporada completa na estrada, Thibau Nys já soma 12 vitórias como profissional - uma marca notável para quem ainda está a consolidar o seu calendário. Pauwels reforça: "Tem uma capacidade técnica excecional. Se consegue terminar tão bem as clássicas das Ardenas, não há razão para que não possa fazer o mesmo nas provas flamengas".
Nys regressa esta quinta-feira à competição com mais uma Clássica do WorldTour no horizonte: a Eschborn-Frankfurt. A corrida alemã, com um percurso suficientemente exigente para eliminar os sprinters mais puros, pode adequar-se perfeitamente ao perfil versátil do belga. E depois? Talvez a Volta a França, quem sabe...