"O Tadej não está cá, por isso estava muito confiante" Colegas de equipa da Visma reagem à vitória de Vingegaard na 2ª etapa da Vuelta

Ciclismo
segunda-feira, 25 agosto 2025 a 10:00
GiulioCiccone JonasVingegaard
Jonas Vingegaard voltou a provar porque é apontado como o grande favorito à camisola vermelha da Volta a Espanha 2025. O dinamarquês da Team Visma | Lease a Bike venceu a 2ª etapa em Limone, numa chegada dramática em que superou Giulio Ciccone nos metros finais. A vitória, conquistada apenas horas depois de ter caído com vários colegas de equipa, valeu-lhe a liderança da classificação geral e confirmou o seu estatuto de principal candidato à vitória final.
Em declarações ao Eurosport, Matteo Jorgenson destacou a confiança que levou o dinamarquês a cruzar a meta com os braços no ar. "A vitória do Jonas é impressionante. Eu estava muito atrás, mas ele acreditou mesmo em si próprio e foi muito explosivo. Apesar de não ser um sprinter, ele pensou que podia ganhar. Foi muito fixe vê-lo fazê-lo desta forma".
Apesar da queda coletiva que marcou a etapa, nunca houve grandes dúvidas sobre o estado de saúde de Vingegaard. Grischa Niermann recordou esse momento tenso: "Perguntei-lhe se estava bem e ele respondeu imediatamente que estava ótimo. Por isso, mesmo naquele momento, sabíamos que não havia problemas. No final, ele estava visivelmente bem." Ainda assim, o diretor desportivo admitiu o nervosismo: "É claro que o coração dispara quando seis dos oito estão no chão. Não foi bonito, mas faz parte do jogo. Felizmente, todos terminaram".
O dinamarquês regressa assim à Vuelta dois anos depois da edição de 2023, onde venceu duas etapas e terminou em segundo na geral, atrás de Sepp Kuss, num pódio totalmente dominado pela Visma, com Primoz Roglic a fechar em terceiro. Desta vez, Vingegaard deverá ter liberdade total para correr em busca da vitória, procurando aquele que seria o seu primeiro triunfo numa grande volta desde a Volta a França de 2023.
Para Niermann, mais do que a classificação, esta vitória representa um sinal claro de confiança para o líder. "Só há uma coisa que interessa: a camisola vermelha da Vuelta. O Jonas está em boa forma, mas ainda faltam 19 etapas. Ele sente-se bem e sabíamos que este não era o dia para ganhar a Vuelta, mas sim uma etapa. Conseguimos e isso é ótimo".
O alemão reforçou ainda a abordagem que a equipa pretende adotar nas próximas semanas: "Ele estava ansioso, claro, porque ainda não tinha ganho uma etapa em linha este ano (tinha ganho apenas o contrarrelógio e a Volta ao Algarve). Este final foi bastante difícil. Foi um bing-bing-bang, com um sprint em subida. Ainda não precisamos de o conter, mas, para nós, temos de ter em mente onde é que a Vuelta pode ser ganha. Não foi hoje e não será amanhã, mas uma vitória numa etapa e a camisola vermelha agora já é muito bom. Sabemos que o Jonas deve ser basicamente o melhor trepador desta Vuelta, mas isso não diz nada sobre o resto".
Também Victor Campenaerts, em declarações ao IDLProCycling.com, fez eco da confiança generalizada nas capacidades do dinamarquês, sobretudo com a ausência de Tadej Pogacar. "Quando o Pogacar fez a sua incrível e explosiva manobra na primeira semana da Volta a França, o Jonas estava sempre lá, muito à frente de todos os outros concorrentes. O Tadej não está cá, por isso estava muito confiante. A queda não foi ideal, claro, mas acabou por correr tudo bem".
Nem tudo, no entanto, foi positivo para a Visma. Horas depois da vitória, a equipa confirmou que o camião dos mecânicos tinha sido assaltado durante a noite e que várias bicicletas foram roubadas, pouco depois, confirmaram o abandono de Axel Zingle, que tinha deslocado um ombro após a queda de ontem, dois duros golpes em pleno arranque da corrida.
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