Após a 16ª etapa da
Volta a França 2024, em que Jasper Philipsen venceu ao sprint entre Gruissan e Nîmes,
Oier Lazkano partilhou as suas impressões e expectativas numa entrevista com o antigo ciclista Alberto Contador para à Eurosport.
Lazkano tem demonstrado uma determinação extraordinária ao longo de todo o Tour, procurando incansavelmente fazer parte das fugas nas etapas mais complicadas. Contador começou a entrevista elogiando a sua persistência nos dias difíceis, onde é necessário força e estratégia para se juntar às fugas. "Vimo-lo muito perto em dias em que parecia que a fuga ia chegar, mas estamos a assistir a um Tour um pouco estranho. Ainda há dias muito bons para experimentar", disse Contador.
O ciclista da
Movistar Team reconheceu que ainda há dias cruciais pela frente. "Sim, bem, eu ia dizer-vos que faltam dois dias para as fugas, mas teoricamente na semana passada também havia dias para fugas e elas foram sempre anuladas. No papel, faltam dois dias, duas oportunidades, e vamos dar tudo o que temos tanto eu como a equipa, para estarmos representados como temos estado até agora e tentar ganhar uma etapa, que é para isso que estamos aqui", disse Lazkano.
Oier Lazkano foi campeão nacional espanhol em 2023 e é uma das grandes promessas do ciclismo do país vizinho
Lazkano também salientou a dificuldade de conseguir uma fuga em etapas planas, como as que se avizinham. "Amanhã e depois de amanhã é a mesma coisa, porque os dois dias são um bocado planos. É difícil conseguir constituir uma fuga. Muitas vezes estamos na frente, temos um deslize, somos fechados e a fuga desaparece. É por isso que temos de estar com toda a equipa, vamos estar com toda a equipa e como disse ainda temos duas oportunidades".
Na parte final da entrevista, Contador perguntou-lhe sobre o controlo apertado que as equipas da classificação geral estão a exercer sobre as fugas, o que está a limitar as oportunidades das equipas e dos ciclistas que procuram vitórias em etapas. Lazkano reflectiu sobre a natureza do ciclismo moderno e as tácticas das equipas mais fortes. "Tento não pensar muito sobre como é o ciclismo moderno, porque senão fico maluco. Penso que no domingo eles queriam queimar o Pogacar como fizeram no ano passado, e acabaram por se queimar a eles próprios. Mas é a maneira deles de correr. Eles não têm de dar nada a ninguém, é compreensível. É o que é", concluiu.