Olav Kooij construiu toda a sua carreira profissional na Team Visma | Lease a Bike. No entanto, com o contrato a chegar ao fim, o sprinter holandês encontra-se perante uma decisão crucial: continuar na estrutura que o formou, mesmo sem garantias de total protagonismo, ou procurar uma equipa que o valorize na plenitude.
Grischa Niermann, director desportivo da Visma e responsável pelas negociações contratuais desde a saída de Merijn Zeeman, mantém-se firme quanto à intenção de renovar: "Não queremos falar da sua saída, porque ainda estamos em conversações com ele e com os seus agentes. Pode ir para qualquer lado, claro, mas estamos a negociar a renovação do contrato, bem como as suas ambições e objetivos desportivos", disse à WielerFlits.
O principal ponto em discussão é a ambição de Kooij em participar na Volta a França — uma ambição legítima para um sprinter que tem vindo a consolidar o seu nome no pelotão.
"É evidente que ele quer ir à Volta a França", reconhece Niermann. "Temos de avaliar se isso se encaixa no nosso calendário e estrutura para os próximos anos. Estamos a discutir esse cenário. Veremos o que acontece."
Apesar das conversações em curso, ainda não há um prazo definido para uma decisão, embora Niermann admita que o tempo começa a apertar: "Oficialmente, o limite é 1 de agosto. Ainda temos algum tempo, mas chegamos a um momento em que é preciso avançar. Isso também se aplica ao Olav. Vamos esperar para ver."
Outro fator a considerar é o crescimento impressionante do jovem britânico Matthew Brennan. Com apenas 19 anos, Brennan venceu quatro corridas só este mês, incluindo uma surpreendente vitória na etapa inaugural da Volta à Catalunha.
Este desenvolvimento poderá influenciar o futuro de Kooij, sobretudo se a equipa decidir apostar no talento emergente: "O melhor cenário seria termos cinco ou seis ciclistas a vencer dez corridas por ano", diz Niermann, entre risos. "Dois sprinters de topo são melhores do que um. Mas também temos de garantir equilíbrio na equipa e nas oportunidades dadas aos corredores. Temos as nossas ideias sobre isso e tomamos decisões com base nelas. Por vezes, temos de aceitar que os ciclistas vejam as coisas de forma diferente."