Tadej Pogacar confirmou oficialmente que vai alinhar, pela primeira vez na sua carreira, à partida da Paris-Roubaix esta temporada. E não vai apenas para ganhar experiência — o objetivo é claro: lutar pela vitória no Inferno do Norte. Embora o esloveno seja um estreante na mais dura clássica de paralelepípedos do calendário, já provou que o terreno irregular não é obstáculo para o seu talento.
Para Christian Prudhomme, director da Volta a França, a presença do atual campeão do Tour em Roubaix é um acontecimento raro e entusiasmante: "É simplesmente fantástico ver o último vencedor da Volta à França à partida de um Monumento como este."
De facto, não é todos os dias que um vencedor da Grande Boucle decide enfrentar a brutalidade da Paris-Roubaix. E muito menos um campeão em título. A última vez que tal aconteceu foi há mais de uma década: em 2014, Bradley Wiggins, vencedor da Volta a França em 2012, participou na clássica do Norte e terminou num honroso 9.º lugar. Se Pogacar conseguir igualar esse resultado, será uma estreia promissora.
"Sinceramente, não pensei que Pogacar viesse à Roubaix tão cedo. Quando o vi treinar em Arenberg, percebi que havia uma intenção por parte da equipa, mas mesmo assim surpreendeu-me. É uma loucura", comentou Prudhomme, em declarações ao jornal Marca.
O diretor da Volta a França relembra o desempenho impressionante do esloveno no emblemático sector de pavé de Arenberg durante a edição de 2022 da Grande Boucle: "Nessa etapa, Pogacar foi com o Stuyven e conseguiu escapar. Mostrou que sabe correr nos paralelos. Tivemos Wiggins à partida em 2014, dois anos após vencer o Tour. Agora, voltamos ao topo — Pogacar vai lá estar, e vai para ganhar."
Quanto à possibilidade de vencer já na sua estreia, Prudhomme prefere não arriscar prognósticos: "O Mathieu van der Poel continua a ser o grande favorito, claro. Mas vamos assistir a uma luta incrível, sobretudo porque Pogacar é um ciclista ousado. É sempre muito ousado. Estamos ansiosos pela corrida."