Opinião: Primoz Roglic deve pedir uma transferência esta segunda-feira

Ciclismo
domingo, 17 setembro 2023 a 21:00
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Primoz Roglic era o grande favorito à vitória na Vuelta antes do início da corrida em Barcelona. No entanto, teve de se contentar com o terceiro lugar, atrás dos colegas de equipa da Jumbo-Visma, Sepp Kuss e Jonas Vingegaard.

O esloveno podia ter feito história ao igualar Roberto Heras com 4 Vueltas, mas aos 33 anos (fará 34 em outubro), teve de se contentar com mais um pódio. Agora, terá de decidir o que quer fazer no futuro próximo e, sobretudo, se quer voltar a tentar encerrar a sua carreira vencendo a Volta a França, a única coisa que lhe falta depois de anos em que dominou todas as corridas em que competiu, de 1 ou 3 semanas.

E não o vai poder fazer na Jumbo-Visma. Vingegaard ganhou merecidamente o direito de ser o líder indiscutível da equipa holandesa no Tour e o plano será claro. Imaginamos que Primoz pensou que tinha ganho o direito de fazer o mesmo na Vuelta, mas Vingo decidiu participar e o Jumbo jogou a carta dos três líderes com Kuss, que acabou por vencer a corrida.

Primoz deixou bem claro, há alguns dias, que não concordava com a estratégia da equipa nos últimos dias para trabalhar para o seu colega Sepp, o que fez soar o alarme e os rumores de uma possível mudança para a Lidl-Trek ou (esta muito menos credível) para a Movistar Team.

A verdade é que o saltador de esqui ainda tem dois anos de contrato com a Jumbo e é uma peça muito valiosa para a estrutura. A única maneira de sair seria pressionar a Jumbo e supomos que, se o fizer, acabará por perder dinheiro (não conseguimos imaginar nenhuma equipa a pagar mais do que eles neste momento).

Por isso, não sabemos se Primoz vai continuar a condicionar possíveis vitórias para continuar na Jumbo no próximo ano, como Wout van Aert, que foi fundamental para as duas vitórias de Vingegaard no Tour, mas que perdeu as hipóteses de ganhar etapas e condicionou o seu estilo de corrida à Grande Boucle, o que o tornou menos decisivo nas clássicas.

Ou isso, ou se contenta com o que viu até agora este ano, ou tenta forçar a sua saída da corrida para ser o líder indiscutível em qualquer grande volta que queira disputar. A partir daqui, encorajamo-lo a forçar a sua saída. A ideia de ter todos os ciclistas fortes na mesma equipa está a tornar-se aborrecida...

* Artigo escrito originalmente por Juan Larra

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