Os ciclistas criticam a organização da Volta a França por falta de alerta para o troço que causou a queda de Roglic: "É um escândalo"

Ciclismo
sexta-feira, 12 julho 2024 a 12:36
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O mobiliário urbano é inevitável em França, mas em alguns pontos da Volta a França, não está devidamente assinalado. É este o consenso a que o pelotão chegou mais uma vez, depois de na 12ª etapa se ter assistido a uma grande queda nos últimos 10 quilómetros, que teve consequências graves no abandono de Primoz Roglic.
"Isso foi naquele estreitamento. Estávamos lá como uma equipa, mais ou menos à mesma altura. Eu vi a queda, espero que todos estejam bem. Não percebo como é que coisas destas ainda são possíveis, tão tarde na corrida", disse Marijn van den Berg, da EF Education-EasyPost, à NOS [estação neerlandesa]. "Muitas vezes há alguém que assinala o facto, mas desta vez não. Talvez porque estava um pouco mais baixo".
Uma pequena ilha na estrada a 10 quilómetros do fim provocou o desastre. Nem todos os ciclistas foram capazes de ver a ameaça que estava mesmo ao lado das suas rodas e bastou a queda de um para causar um efeito dominó que derrubou, entre outros, Primoz Roglic, que teve de abandonar a corrida. Com a estrada estreita na altura, foi impossível para vários evitar a queda, e esta foi sem dúvida a queda mais consequente de todas nesta corrida, até aqui.
Roglic após a queda na 12ª etapa do Tour de France
Roglic após a queda na 12ª etapa do Tour de France
"Estávamos todos naquela queda, exceto o Bini [Girmay]. Foi caótico", disse Mike Teunissen, da Intermarché - Wanty, à NOS. "Sei de antemão que as pessoas vão dizer 'porque é que os ciclistas não se queixam?' Mas não sei o que podemos fazer em relação a isto", lamenta;
"No que me diz respeito, é um escândalo. Podemos ficar de cabeça erguida com 176 ciclistas, mas isso não vai mudar nada. 99 vezes corre bem, mas agora corre mal outra vez. Não é uma coincidência, é a organização que o provoca. Não me vão dizer que é a única via para chegar à aldeia".

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