Apesar de ter mais de três minutos de vantagem na classificação geral e ter a terceira vitória na
Volta a França praticamente garantida, salvo qualquer incidente ou lesão, havia quem dissesse que
Tadej Pogacar iria correr de forma mais conservadora na última semana. Sendo o ciclismo uma modalidade espetacular e imprevisível, não foi isso que aconteceu na etapa 17, para surpresa de todos.
Na sua entrevista após a etapa, Pogacar admitiu: "
Por vezes nem eu sei porque é que ataco". No entanto, o vencedor da Volta a Itália, que se tornou analista especializado,
Tom Dumoulin, pensa que poderá ter encontrado a resposta para os constantes ataques do líder da UAE Team Emirates na Volta a França de 2024.
Momento do ataque de Tadej Pogacar
"Esperava que a Team Visma | Lease a Bike ataca-se, mas eles mantiveram-se calmos. Nessa altura, suspeitei que o Vingegaard não estaria muito bem ", diz o holandês em conversa na SuperDévoluy. "Pogacar deve ter pensado: Bem, vou atacar agora. Foi uma pura demonstração de força. Ele não precisa de fazer aquilo. É uma pura provocação ao Vingegaard. Tem um bocadinho a ver com arrogância".
"Este duelo já se arrasta há três anos. Pogacar não consegue lidar com o facto de ter perdido a Volta a França dois anos seguidos", continua Dumoulin. "E, finalmente, ele volta a ser o patrão e tem pernas para atacar o Vingegaard e depois fica a pensar: Então? Vens fechar o espaço?"