Enquanto
Tadej Pogacar tem uma
Volta a França sem falhas, o mesmo não se pode dizer do seu colega de equipa
Juan Ayuso. O espanhol chegou com a missão de trabalhar para o esloveno e, ao mesmo tempo, perseguir um bom resultado na classificação geral, à semelhança de João Almeida e Adam Yates. Abandonou a corrida na segunda semana, com Covid-19.
Naturalmente, o
Tuttobici perguntou ao Diretor Geral da
UAE Team Emirates,
Mauro Gianetti, se existe a possibilidade de o jovem de 21 anos regressar à Vuelta, em agosto. "O Ayuso era suposto fazer o Tour. Estás a vê-lo? Não, ele não vai fazer a Vuelta. Tenho muitos ciclistas fortes para enviar para lá", é a forte resolução de Gianetti.
Nos últimos dias, surgiram rumores de que o jovem espanhol tem um contrato que estipula que ele não vai às Grandes Voltas para trabalhar para Tadej Pogacar. "Mas achas que eu assinaria um contrato desses?" respondeu Gianetti. "Quem for rápido tem a equipa à sua disposição. E o Tadej parece ir rápido e ganhar muito."
A correr pela superequipa da UAE, Juan Ayuso não terá sempre a liderança garantida nos próximos anos, uma vez que há mais líderes potenciais do que oportunidades reais de liderança. Mario Cipollini acredita que Ayuso deve manter-se paciente em vez de procurar uma forma de sair do seu contrato, citando exemplos de grandes nomes como Miguel Indurain ou Chris Froome, cujas carreiras também começaram como gregários de luxo de outras equipas. "Ele arrisca-se a deixar de correr. Estou a exagerar, claro, mas não é fácil sair desta situação. No entanto, o risco de este assunto condicionar a sua carreira durante anos é muito real."