Oscar Pereiro, vencedor da Volta a França de 2006, faz um balanço do ciclismo português: "Em 2000, 2001, quando estive em Portugal, o nível era incrível"

O Gran Camiño de 2025 começa a ganhar forma e já se conhece a etapa que decorrerá em solo Luso. Uma tirada que ligará ás cidades da Maia e de Matosinhos, servirá para abrir o apetite para os cinco dias de competição da corrida espanhola. Entre as muitas personalidades ligadas ao ciclismo presentes na conferencia de imprensa que se realizou ontem encontrava-se um ex vencedor da Volta a França, Oscar Pereiro.

Pereiro faz parte da equipa de Eziquiel Mosquera e sente-se orgulhoso por estar na organização que irá internacionalizar a corrida, dando um salto a Portugal, país vizinho e amigo, com muitas tradições e ligações à Galiza, fazendo assim uma ponte entre a cultura ( Caminhos de Santiago por ex) e o desporto.

"Portugal, para nós, é muito mais do que um país. É o país de acolhimento, que nos deu a oportunidade de começar a nossa carreira como ciclistas profissionais. Sempre que falam de Portugal, sinto como se fosse parte de mim. Quando ganhou o Europeu de futebol, celebrei como se fosse mais um português. Portugal foi um dos 'culpados' pela minha vitória na Volta a França", disse à Lusa.

Oscar Pereiro sente-se em casa no nosso país, mas o espanhol acompanha com especial carinho os ciclistas portugueses que correm lá fora, mas também entre portas, fazendo um balanço do panorama da modalidade. "Do ponto de vista internacional, os portugueses estão melhor representados nas equipas portuguesas do que nunca - Rui Costa, João Almeida, Ruben Guerreiro e Ivo Oliveira. Na história, já teve grandes corredores, mas nunca em tanta qualidade. A nível interno, as equipas estão para voltar a estar onde estavam no meu tempo. Em 2000, 2001, quando estive em Portugal, o nível era incrível. A paixão dos aficionados continua igual, mas há trabalho a fazer para voltar a esse patamar", analisou.

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