Frank van den Broek teve uma estreia na Volta a França inesquecível este verão. Desde a sua actuação de sonho ao lado de Romain Bardet na etapa de abertura, até à sobrevivência na etapa final em Nice, o jovem de 23 anos da Team DSM-Firmenich PostNL deixou a todos uma boa impressão na corrida de três semanas.
"Tive cerca de três semanas de férias, o que me deu tempo para processar tudo o que me aconteceu este ano", reflectiu o holandês no podcast do canadiano Jack Burke, mais conhecido por ser um caçador de KOMs no Strava. A discussão virou-se rapidamente para a etapa de abertura da Volta a França, em que Van den Broek e Bardet aguentaram o pelotão para dar ao francês a sua primeira Maillot Jaune da carreira.
"Durante a primeira etapa, no calor do momento, nunca me passou pela cabeça ultrapassar o Romain", recorda. "Foi sem dúvida planeado, mas tudo tinha de se encaixar. Penso que o tempo esteve a nosso favor. Estava tanto calor que nem toda a gente nos queria perseguir - a UAE Team Emirates, por exemplo, não o fez. Penso que foi por isso que tudo se conjugou e ganhámos".
No entanto, não há nada que se compare à intensidade da Volta a França e a sua estreia na prova foi um verdadeiro abrir de olhos para Van den Broek. "Por vezes anda-se tão rápido, damos o nosso melhor para ir para uma fuga num grupo, mas o pelotão fica sempre ali atrás de nós 30 segundos", explica, recordando um momento em particular para ilustrar o seu ponto de vista. "Eu estava na frente durante uma etapa de montanha e depois o Adam Yates passou por mim a voar. Eu nem acreditava na velocidade a que ele ia."
No entanto, o ciclista de 23 anos não tem muito a dizer sobre o que será a sua temporada de 2025, uma vez que ainda não tem nada definido. "Ainda temos que discutir tudo, a minha preparação e o meu calendário. Para ser sincero, não gostaria de mudar muita coisa. Depois de uma ano como este, não tínhamos muitas coisas que pudessem ter corrido melhor. Só quero continuar a progredir da mesma forma", concluiu Van den Broek.