Patrick Lefevere sobre as hipóteses de Mikel Landa na Vuelta, os planos de Remco Evenepoel e uma mensagem de despedida para Julian Alaphilippe: "Em Madrid, 40 segundos não serão assim tanto"

A Volta a Espanha 2024 começou no sábado, com um contrarrelógio em Lisboa. Apesar de não ter sido o melhor dia para a Soudal - Quick-Step, com Mikel Landa, o candidato à camisola vermelha, a perder um tempo significativo, o chefe de equipa Patrick Lefevere ainda não está muito desanimado.

"Estive aqui no Campeonato do Mundo de 2001, quando o Oscar Freire ganhou", diz Lefevere em exclusivo ao CiclismoAtual no início da 2ª etapa da Vuelta deste ano em Portugal. "Também vim cá várias vezes para a Volta ao Algarve. É um bom país".

E em relação a Mikel Landa? "Bem, o pódio é o objetivo. Mas, claro, é uma época longa e ele já estava em muito boa forma na Catalunha", recorda Lefevere. "Depois teve uma queda no País Basco, mas no Tour esteve muito bem. Obviamente, atingir o pico três vezes num ano não é fácil, mas acho que não se pode julgá-lo por um contrarrelógio como o de ontem. Plano, para os grandes, com vento, ele perdeu cerca de 40 segundos e, em Madrid, 40 segundos não serão assim tanto".

No entanto, na Volta a França, no início deste verão, Landa não foi o homem principal, trabalhando em vez disso, para Remco Evenepoel, a joia da coroa da Soudal - Quick-Step de Lefevere. "Ele tirou uns dias de folga na Grécia, mas sei que já está de volta a Espanha", afirmaLefevere sobre o campeão olímpico. "Mandei-lhe uma mensagem ontem ou anteontem e ele disse: 'Está muito calor em Calpe, mas estou contente por estar aqui'. Agora é voltar ao trabalho e ele prepara-se para o estágio depois para a Volta à Grã-Bretanha."

No entanto, uma das estrelas de Lefevere parece estar de saída, com Julian Alaphilippe a assinar, ao que tudo indica, um acordo para correr com a Tudor Pro Cycling Team na época de 2025. "Tive algumas conversas com o Julian. Como sabem, ele esteve comigo desde os 17 anos. Foi uma decisão difícil, mas decidimos separar-nos e quero fazê-lo com boas relações", diz-nos Lefevere sobre o francês. "Ele pode assinar um contrato de três anos por muito dinheiro, por isso, desejo-lhe toda a sorte."