Kim Le Court escreveu uma página histórica este domingo ao vencer a
Liege-Bastogne-Liege Feminina 2025, tornando-se a primeira africana a conquistar um Monumento no ciclismo. Contudo, o feito da ciclista das Ilhas Mauricias acabou por ser, em parte, ofuscado por um incidente insólito que gerou polémica no final da corrida.
Quando a prova entrava nos últimos 30 quilómetros e a luta pela vitória se intensificava, um adepto com uma camisola da UAE Team Emirates entrou no percurso de bicicleta. Pauliena Rooijakkers (Fenix-Deceuninck), que liderava isolada a corrida após um ataque, viu-se de repente com uma companhia inesperada.
“Sim, eu vi-o. Pensei que podia ser o Tadej Pogacar. Mas não, não era ele”, brincou Rooijakkers em entrevista ao Sporza, mantendo o bom humor perante a situação que rapidamente se tornou viral nas redes sociais. “Não sei qual era a intenção dele.”
Apesar da leveza com que Rooijakkers abordou o incidente, muitos comentadores foram severos nas críticas. Na transmissão da TNT Sports, a indignação foi imediata: “Não tem graça, não é brilhante e não é inteligente. É absolutamente ridículo”, afirmou o comentador, condenando a falha de segurança.
Também na Eurosport, Hannah Walker não escondeu a irritação: “Isto é ridículo. Se são fãs, fiquem na berma da estrada, aplaudam e apreciem o espetáculo. Não fazem parte da corrida.”
Apesar do episódio lamentável, a grande protagonista do dia foi mesmo Kim Le Court. A vitória na “Doyenne” consagra o seu talento e marca um feito histórico para o ciclismo africano, numa edição da Liège-Bastogne-Liège que ficará na memória por mais do que uma razão.