De 5 a 9 de agosto, o pelotão vai disputar a Volta a Burgos. A corrida espanhola é a mais importante na preparação para a Volta a Espanha e oferece oportunidades para os trepadores, os contrarrelogistas e os sprinters. Analisemos o percurso.
Etapa 1: Vilviestre del Pinar - Burgos, 169,3 quilómetros
A corrida começa com uma etapa explosiva que termina em Burgos, como é habitual. Mas, desta vez, não se trata de uma corrida até ao castelo, mas sim de um sprint final urbano. No entanto, não há certezas de que esta seja uma etapa para os sprinters, pois há algumas colinas nos quilómetros finais que podem servir de ponto de partida para ataques tardios.
Etapa 2: Vilasana de Mena - Ojo Guareña, 160,7 quilómetros
A segunda etapa da corrida é, de facto, um perfil que se assemelha exatamente a uma etapa tradicional de Burgos. No papel, este é um dia para ser disputado pelos sprinters que sabem subir, que estarão aqui a preparar-se para a Vuelta. É um dia com seis subidas categorizadas, nenhuma muito dura, e com um pequeno final no topo da colina em Ojo Guareña que deverá ser muito interessante e colocar toda a gente no limite.
Etapa 3: Bodegas Nabal - Lagunas de Neila, 137,8 quilómetros
A etapa rainha? Normalmente, a corrida é decidida exclusivamente nas montanhas, mas com um contrarrelógio este ano pode não ser o caso. Por isso, neste dia, a única etapa de montanha pode tornar-se ainda mais importante para os trepadores puros. Os ciclistas vão participar numa jornada curta que termina nas Lagunas de Neila, uma subida íngreme com os seus últimos 3 quilómetros a rondar em média os 10%.
Etapa 4 (Contrarrelógio): Santa Maria del Campo - Pampliega, 18,4 quilómetros
Uma novidade na corrida, este ano os ciclistas enfrentam um contrarrelógio de 18 quilómetros. Numa prova tão pequena, este dia pode e deve ser vital para a classificação geral e, atrevo-me a dizer, até para a decidir. O percurso não tem nada de complexo, é plano e não técnico, mas podem ser criadas diferenças significativas.
Etapa 5: Frias - Treviño, 156 quilómetros
O último dia de corrida leva os ciclistas de Frias a Treviño e será um dia aberto. No papel, poderia terminar com um sprint após os 156 quilómetros, mas o perfil também abre a luta pela vitória da etapa à fuga ou mesmo a ataques tardios devido às muitas pequenas subida que apresenta.
Artigo da autoria de Rúben Silva