A primeira semana da
Volta a Espanha chegou ao fim e com 9 etapas decorridas
Ben O'Connor, da Decathlon AG2R La Mondiale Team, está no topo da classificação geral com uma vantagem de quase quatro minutos.
A razão para a grande vantagem do australiano na classificação geral? Um ataque a partir da fuga na 6ª etapa viu O'Connor ganhar mais de seis minutos e meio sobre
Primoz Roglic e companhia. "Após o fim de semana de abertura da Vuelta deste ano, o Primoz Roglic parecia estar a controlar as coisas. Foi o melhor classificado entre os homens da classificação geral no contrarrelógio de abertura antes de vencer a primeira chegada em alto e a sua equipa a Red Bull-Bora-Hansgrohe estava contente com as perspectivas que trazia para a corrida. Na verdade, suficientemente satisfeita para considerar a hipótese de deixar um ciclista mais fraco assumir a liderança da classificação geral se a oportunidade se proporcionasse", reflecte Philippa York para o
Cycling News.Apesar de todo o mundo do ciclismo saber o que aconteceu no ano passado, quando Sepp Kuss teve uma vantagem semelhante, conquistada numa fuga precoce na Volta a Espanha, parece que ninguém terá aprendido a lição. "O ano passado foi um exemplo de erro de cálculo, não que Sepp Kuss não seja um bom ciclista, apenas não era considerado 'assim' tão bom", recorda York. "Por isso quando o Ben O'Connor se meteu na fuga inicial da 6ª etapa, alguns sinais de alarme deviam ter soado para os lados do Roglic."
"Ele pode ter tido dificuldades na primeira chegada em alto, mas o quarto lugar na Volta a França e na Volta a Itália, significam que ele tem um elevado grau de talento. Dar-lhe uma vantagem de quase cinco minutos seria uma grande estupidez, mas de qualquer forma permitiram que isso acontecesse", continua. "As tácticas de corrida mudaram para todos depois do resultado de Yunquera, não só para Roglic, que tem de passar da defesa para o ataque, mas também para todos os outros candidatos ao pódio que estavam a cerca de um minuto e agora estão a cinco e seis minutos."
"Estão todos conscientes de que o Ben O'Connor, com a sua vantagem atual, não vai ser fácil de bater. Pelo contrário, será um longo processo de desgaste para ele e para a sua equipa, a Decathlon", avalia York. Com o australiano com pouco menos de quatro minutos de vantagem, é difícil discordar. "No pelotão toda a pressão estará do lado da Decathlon Ag2r la Mondiale para não mostrar qualquer fraqueza colectiva que possa colocar Ben O'Connor sob mais pressão. Ele terá estado confortavel com a exibição que fez na 9ª etapa, mas ele sabe que se tiver um incidente, os outros irão atacar."