Philippe Gilbert, um dos mais bem-sucedidos especialistas em clássicas da era moderna, reconhece o talento extraordinário de Mathieu van der Poel, ciclista que, à semelhança do belga, também venceu tanto nas clássicas montanhosas como nas clássicas empedradas. Vencedor da Volta à Flandres e da Paris-Roubaix, Gilbert vê em Van der Poel um sucessor natural - embora com qualidades únicas que o tornam ainda mais difícil de bater.
“Acho que o podia ter seguido no meu auge. Mas vencê-lo? Isso seria muito difícil”, admitiu o antigo corredor ao Het Nieuwsblad. “Fui com a minha família ver a corrida em Maasmechelen. Quando se vê a rapidez com que ele entra e sai de uma curva... é impressionante.”
Gilbert, que brilhou sobretudo nas Ardenas e depois reinventou-se nas Flandres, destacou especialmente o domínio técnico de Van der Poel, sublinhando que esse fator é crucial para o sucesso do neerlandês nas clássicas.
“O que mata os ciclistas numa corrida é abrandar e voltar a acelerar. E o Mathieu entra e sai de uma curva mais depressa do que os outros, poupa muita energia em cada manobra que faz”, explica Gilbert.
Além da técnica apurada, o belga destaca também a relação de confiança de Van der Poel com os colegas de equipa — algo que, segundo ele, é comum aos grandes campeões.
“Ele usa os seus colegas de equipa com inteligência. Confia neles a 100%. Esta é uma característica dos grandes campeões.”
Gilbert, que ao longo da carreira venceu a Liège–Bastogne–Liège, a Amstel Gold Race, a Flandres, a Roubaix e foi campeão do mundo, reconhece que Van der Poel pode muito bem estar a escrever uma página única na história das clássicas.
#Légende 🚲 / #RVV25 🦁
— Renaud Breban (@RenaudB31) April 5, 2025
L’édition 2024 : c’était l’une des images de la saison passée : hormis 🇳🇱 Mathieu van der Poel (ADC), tous les coureurs sont à pied dans le Koppenberg pic.twitter.com/uPZlYmB878