Pogacar alvo de críticas pela postura na Volta a França: "Um tipo duro que gosta de intimidar"

Ciclismo
domingo, 13 julho 2025 a 2:00
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Após oito etapas, a Volta a França 2025 ainda não ofereceu um confronto direto nas altas montanhas entre Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard. O tão aguardado duelo entre os dois gigantes do ciclismo mundial tem-se limitado, até agora, a uma luta tensa mas sobretudo psicológica entre a UAE Team Emirates - XRG e a Team Visma | Lease a Bike. O percurso, composto por etapas planas e de média montanha, tem adiado o embate em terreno mais decisivo.
Ainda assim, Pogacar lidera com autoridade. Com duas vitórias em etapas e uma impressionante prestação no contrarrelógio plano em Caen (etapa 5), o esloveno veste novamente a Camisola Amarela e já conta com mais de um minuto de vantagem sobre Vingegaard. A diferença, embora ainda gerível, é significativa para uma corrida em que se esperava um equilíbrio milimétrico.
Mas é fora da bicicleta que Pogacar tem gerado maior controvérsia nos últimos dias. A sua postura no pelotão, as atitudes em momentos como o incidente com Matteo Jorgenson na zona de alimentação e a leitura de certas alianças têm levantado críticas de várias figuras ligadas ao ciclismo.
No podcast Live Slow Ride Fast, o ex-ciclista Thomas Dekker deixou no ar a ideia de que Pogacar estaria a manipular corridas a seu favor com ajuda de amigos no pelotão: "É óbvio que Pogacar estava irritado na quinta-feira. Se Van der Poel faz alguma estupidez, dá-lhe uma palmadinha nas costas... E por que é que a Alpecin-Deceuninck foi na frente na sexta-feira? Porque Pogacar e Van der Poel são amigos."
Mais contundente foi a ex-profissional Roxane Knetemann, que no Het Wiel não poupou críticas ao líder da UAE: "É um tipo duro que gosta de intimidar os seus adversários. Pogacar é um vencedor extrovertido, e Vingegaard é um vencedor introvertido. Pogacar não precisa de fazer o que está a fazer agora."
Estas declarações surgem numa altura em que o esloveno, apesar do domínio desportivo, parece querer marcar terreno também nos bastidores, não hesitando em confrontar a Visma com insinuações ou críticas abertas como fez recentemente ao acusar a formação neerlandesa de abusar da prioridade nas zonas de abastecimento.
No entanto, os factos são claros: Pogacar lidera com margem, venceu já duas etapas, e transmite a sensação de estar a competir confortavelmente. A UAE tem controlado com eficácia, já a Visma aparenta estar um ou dois furos abaixo, tanto física como coletivamente.
Se Pogacar ainda não mostrou todo o seu arsenal, o que resta nas pernas do esloveno poderá ser determinante quando o Tour entrar nas grandes montanhas. E aí, a resposta deixará de ser verbal, será dada na estrada.
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