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Volta a Itália deverá partir no estrangeiro pelo segundo ano consecutivo em 2026, especificamente na Bulgária, o que assinalará a terceira partida fora de portas em cinco edições, após as saídas da Hungria em 2022 e da Albânia em 2025.
A corrida arrancará na cidade búlgara de Nessebar a 08/05/2026. Tal como em 2025, a organização obteve da UCI autorização para começar um dia mais cedo do que o habitual, de forma a acomodar a longa transferência de regresso a Itália antes da 4ª etapa.
Quem paga
Essa longa transferência implicará naturalmente custos elevados de viagem e logística, e a grande questão é: quem paga todas essas despesas? À data de hoje, a resposta está longe de ser clara.
Segundo notícias do início de dezembro
do Il Giornale, a RCS Sport (organizadora da Volta a Itália) entrou numa fase de “diplomacia” com as equipas para tentar resolver o impasse sobre quem deve suportar esses custos.
Vingegaard fará a Volta a Itália pela primeira vez na carreira?
A Escape Collective adiantou depois que a RCS Sport propôs um contributo de 115 000 € por equipa, além de 5000 € em vales de companhia aérea. A oferta foi rejeitada pelo organismo que representa as equipas, a AIGCP. Uma contraoferta subsequente de 125 000 € por equipa também foi recusada, por ser considerada insuficiente.
As equipas estarão a pedir 160 000 € cada para compensar os custos adicionais, valor que totalizaria 3,68 milhões de euros no pelotão do Giro. A imprensa búlgara estima que a RCS Sport irá receber cerca de 12,5 milhões de euros pela organização da Grande Partenza na Bulgária, pelo que atribuir 160 000 € a cada equipa continuaria a garantir um lucro significativo.
Não é claro se as negociações estão a avançar. Caso não haja solução, o diferendo poderá acabar nas mãos do Professional Cycling Council para arbitragem.
Os ciclistas confirmados para a partida da Volta a Itália
O traçado de 2026 terá sido desenhado para incentivar os principais nomes a tentarem a dobradinha Giro–Tour. Para já, o plano ainda não convenceu: Tadej Pogacar e Remco Evenepoel descartaram a participação, enquanto Jonas Vingegaard não confirmou oficialmente os seus planos para 2026.
João Almeida será o líder da UAE Team Emirates-XRG na corrida, rodeado por elementos como Adam Yates
e Jan Christen (com quem teve um confronto aceso na Volta à Suiça), entre outros.
Outros potenciais candidatos à geral já confirmados para a Volta a Itália são
Mikel Landa, Jai Hindley,
Giulio Ciccone, Enric Mas, Felix Gall, Ben O'Connor e Santiago Buitrago.