Após o 10º aniversário do arranque da Volta a França em Yorkshire, a British Cycling está pronta, interessada e disposta a fazer tudo o que for preciso para trazer a maior corrida do calendário de volta à Grã-Bretanha.
"A Volta a França teria um impacto extremamente positivo, criaria uma visibilidade incrível e permitiria que todos os parceiros produzissem mais valor social ao longo de um período de tempo", afirma Jon Dutton, diretor da British Cycling, em conversa com o City A.M. "Não seria só uma questão da corrida ir e vir, há um aspeto enorme do cicloturismo. Não é uma decisão nossa, mas é por isso que os eventos são tão importantes e podem ser realizados de uma forma financeiramente sustentável, mais do que a soma das partes".
Apesar das dificuldades financeiras que têm afetado o ciclismo britânico nos últimos tempos, com alguns ciclistas da Volta à Grã-Bretanha de 2023 ainda à espera do prémio monetário e com a seleção birtânica a não enviar uma equipa para os Campeonatos da Europa, Dutton insiste que trazer a Volta a França para o país é financeiramente viável. "O custo ainda está a ser trabalhado [com a UK Sport], mas estaríamos definitivamente dentro das nossas possibilidades e preparados para dar um passo em frente e apoiar, tendo em conta o valor de apenas colocar mais pessoas numa bicicleta", explica Jim Dutton.
Geraint Thomas, em 2018 é o vencedor britânico mais recente da Volta a França
Então, qual seria o local ideal para uma Grand Départ da maior corrida de ciclismo? "Estamos a analisar os grandes centros populacionais - Londres, Glasgow, Cardiff e outros. Neste momento, estamos a fazer um exercício de mapeamento da Volta à Grã-Bretanha para ver as zonas onde ainda não estivemos. Esperamos conseguir chegar a mais pessoas em mais locais. A Volta a França é uma organização comercial e, por isso, isto é um projeto liderado pela UK Sport. Mas, depois da Grand Départ de 2014, em que estive pessoalmente envolvido, e a ver os milhões de pessoas que se deslocaram à berma da estrada e o alcance geográfico do Reino Unido, apoiamos plenamente [o seu regresso]".
O City A.M. também falou com um porta-voz da UK Sport, que confirmou que as conversações continuam em curso. "A Volta a França não tem um processo formal de candidatura ou um prazo e quaisquer decisões sobre futuros anfitriões internacionais do Grand Depart ficam ao critério exclusivo do organizador [a ASO]", concluem.