Maxim van Gils foi uma das muitas contratações da
Red Bull - BORA - hansgrohe para 2025, mas também um dos que não rendeu como esperado. O belga teve uma época marcada por uma doença, mas acredita que isso ficou para trás e, em 2026, terá não só um calendário carregado como também um regresso à
Volta a França e várias corridas ao lado de
Remco Evenepoel.
“Acho que a minha forma na última época foi melhor do que no ano anterior. O problema é que continuei a lutar com a doença. Bato na madeira, mas não me sinto doente desde a operação de 12 de outubro. Vamos esperar que assim continue”, partilhou van Gils ao Wielerflits. A fechar o ano, o belga tem uma vitória na Volta à Andaluzia,
outra na Volta à Noruega e um terceiro lugar na Clásica San Sebastian. Nada mau, mas para um corredor do seu calibre, faltou o salto que esperava.
Em 2026 terá muitas oportunidades para vencer, com um calendário muito extenso de clássicas e corridas por etapas. Começa a época na Clássica de Jaén Paraíso Interior, rapidamente seguida pela Volta à Andaluzia; depois chegam a Strade Bianche, Tirreno-Adriático, Milão–Sanremo, GP Miguel Indurain, Volta ao País Basco, Amstel Gold Race, Flèche Wallonne, Liège–Bastogne–Liège e Eschborn-Frankfurt na primavera. No verão, deverá correr o GP Gippingen e a Volta à Suiça antes da Volta a França.
Num calendário tão preenchido é difícil traçar um objetivo único, preferindo perseguir vitórias em vários palcos. Mas os dois Monumentos em que participará são as prioridades: “Acho que a Milão–Sanremo tem um percurso lindíssimo. Durante a corrida, questiono-me sempre porque estou ali, mas depois da meta acho-a fantástica. Gosto de pedalar por aquelas estradas; dá-me sempre uma sensação especial subir a Cipressa e o Poggio. Preferia vencer a Liège–Bastogne–Liège a Milão–Sanremo, mas se pudesse escolher um segundo Monumento… então seria definitivamente Sanremo”.
Ardenas e Volta a França com Evenepoel
O calendário de verão dependerá, provavelmente, do rendimento na primavera e, com uma agenda tão carregada, o cansaço ou a falta de estágios em altitude podem pesar nos resultados. Mas o objetivo é vencer. “Agora vou às corridas um pouco mais para ganhar. De certa forma, isso também aumenta as minhas hipóteses, porque terei bastantes clássicas.”
Nestas, fará dupla com Remco Evenepoel, nomeadamente nas três clássicas das Ardenas. Terá oportunidade própria? “Depende um pouco da corrida. Mas, se olharmos para a Liège–Bastogne–Liège, tenho de admitir honestamente que o Remco está melhor do que eu. A Flèche Wallonne assenta-me bem, por isso vou certamente tentar ganhar lá.” Mas van Gils confirma que está nos planos para a Volta a França, tornando-se o quarto nome após Evenepoel, Florian Lipowitz e Mattia Cattaneo.
“Devo ir à Volta a França. Se atingir o meu melhor nível, posso ser claramente valioso.” Porém, como puncheur, qual será o seu papel? Caçador de etapas ou gregário numa equipa com ambições muito elevadas? “