Renaat Schotte acredita que Pogacar não deu tudo para ganhar a Volta a Itália: "Por exemplo, no Monte Grappa, viu-se que ele não teve de pedalar a 100%"

Ciclismo
quarta-feira, 29 maio 2024 a 1:05
tadejpogacar

O que Tadej Pogacar conseguiu nesta Volta a Itália ficará nos livros de história, quer se goste ou não do esloveno. Só para dar uma ideia, a vantagem final de Pogacar sobre o segundo classificado Daniel Martínez, 9:56, foi a maior diferença desde a vitória de Vittorio Adorni em 1965.

O repórter do Sporza, Renaat Schotte, não quer diminuir a supremacia de Pogacar, mas afirma que a competição não foi grande em Itália. "Foi o que foi. Há uma diferença de idade, o terceiro Geraint Thomas fez 38 anos. Para Daniel Martínez é um feito fantástico terminar em segundo no Giro".

Algumas pessoas acusaram Martinez e especialmente Thomas de serem demasiado defensivos. Schotte discorda. "Eles não são do calibre de Vingegaard, Evenepoel ou Roglic. Eu diria que Pogacar é simplesmente demasiado forte e que está numa categoria diferente. É uma questão de inteligência. Cada ciclista sabe o que consegue e o que não consegue fazer. Por isso, não acusaria a concorrência de falta de iniciativa ou de vontade de atacar".

A falta de concorrência permitiu a Pogacar fazer uma prova "relativamente fácil". Entre aspas, porque Pogi também terá de recuperar das três semanas de ciclismo em Itália, mas Schotte também viu que não parecia que o esloveno tivesse de dar tudo por tudo para defender a sua liderança.

"Por exemplo, vimos no Monte Grappa que ele não teve de pedalar a 100%. Ele pode completar essa etapa a 95 por cento e essas percentagens garantem que ele tem de recuperar menos. Isto deixa mais para o mês crucial de julho".

"Falta-nos informação do interior. Mas tenho a impressão de que ele não abusou dos seus poderes", considera Schoote. "As diferenças entre os outros ciclistas em cena eram demasiado grandes para isso."

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