Com
Tadej Pogacar a tentar tornar-se no primeiro homem desde Marco Pantani a vencer a
Volta a Itália e a
Volta a França no mesmo ano,
Robbie McEwen, especialista do Eurosport, aconselhou o esloveno a tentar vencer o Giro sendo o mais conservador possível;
"Ser conservador na Volta a Itália. Ainda falta muito tempo até ao final de julho", avisa o australiano, doze vezes vencedor de etapas no Giro de Itália, em conversa com a Eurosport. "Não importa se és o grande favorito e se és mais forte do que todos no Giro, é uma corrida e um percurso que te podem prejudicar se tiveres a ambição de fazer a dobradinha."
Nos últimos anos, tanto Tom Dumoulin como Chris Froome pagaram os seus esforços para vencer o Giro de Itália na subsequente Volta a França. Dado o facto de Pogacar ser o super favorito para a primeira Grande Volta do ano e de o seu arquirrival Jonas Vingegaard não poder estar presente na Volta a França após o acidente que teve na Volta ao País Basco, esta pode ser a oportunidade perfeita para Pogacar continuar a escrever o seu nome nos livros de história;
"Pogacar pode ganhar o Giro-Tour independentemente do facto de Vingegaard ou outros terem ou não caído", acrescenta Alberto Contador, colega de McEwen na Eurosport. "É verdade que ele é muito sólido, tem uma boa noção da Volta a França, como demonstrou nos últimos dois anos. Mas Pogacar, mesmo que esses ciclistas não tivessem caído, tinha muitas hipóteses de ganhar o Giro e o Tour".