Apesar de ter começado a sua carreira desportiva como saltador de esqui,
Primoz Roglic é agora um dos ciclistas mais experientes do pelotão, provando estar ainda entre os melhores em 2024, alcançando um recorde de 4 vitórias na Volta a Espanha. No entanto, durante mais de uma década no pelotão profissional, o esloveno viu o estilo de corrida mudar drasticamente.
"No passado a forma como corríamos era sobretudo poupar tempo, poupar, poupar e gastar energia nos momentos certos ou nos sítios certos", explica Roglic em conversa com o
Cycling News. "Mas hoje em dia, ou especialmente nas corridas contra ele [Tadej Pogacar ed.], todos os dias são dias. Por isso, sim, é a partir do primeiro dia e é a partir do primeiro dia a 100 km do fim ou o que quer que seja. Esse é o dia em que se está lá ou se pode perder a corrida".
Como tal, os desafios que tem de enfrentar para se manter competitivo na era dos ataques de longe e implacáveis de nomes como o do já mencionado compatriota de Roglic, Pogacar, não se tornam fáceis para o experiente líder da
Red Bull - BORA - hansgrohe.
"Por isso o que é um desafio para mim é continuar a acompanhar estes passos da geração mais nova... tentar adaptar-me a esta forma de correr, a este estilo de corrida", diz Roglic. "É uma forma completamente diferente de pensar, uma forma completamente diferente de correr, de se nivelar. Penso que é um grande desafio para todos nós, os mais velhos, que ainda tentamos conquistar bons resultados."
Mas isso não quer dizer que Roglic não esteja a gostar dos novos desafios para tentar vencer a Grande Volta que lhe falta no palmarés: "Ok, podemos sempre dizer que quero ganhar a Volta à França porque ainda não a ganhei. Quer dizer, seria fixe acrescentar esse titulo ao meu palmarés, mas também se não ganhar estaremos todos bem... a Terra irá continuar a girar na mesma. Comecei a andar de bicicleta aos 23 anos e estava cheio de desafios pela frente... Só queremos ir para a próxima corrida e depois logo se vê."