Roglic evita confronto com João Almeida na Volta à Suíça para se preparar para o Tour, será esta a melhor opção?

É agora oficial: Primoz Roglic não alinhará na Volta à Suíça 2025. Após o abandono precoce na Volta a Itália, o plano delineado pela Red Bull - BORA - Hansgrohe mantém-se intacto. O objetivo passa por apostar tudo na preparação para a Volta a França, com foco nas montanhas e sem mais riscos competitivos até ao arranque da Grande Boucle.

O esloveno será líder único da formação alemã no Tour... ou se calhar não, tendo em conta o desempenho fantástico de Lipowitz no Dauphiné e acredita que, com a preparação ideal, estará em condições de discutir a corrida com Tadej Pogacar, Jonas Vingegaard e Remco Evenepoel. Ainda assim, a ausência na Suíça adia mais uma vez a hipótese de Roglic conquistar a única grande corrida por etapas do "top 7" que lhe falta no palmarés.

Essas sete provas são o Paris-Nice, Tirreno-Adriatico, Volta à Catalunha, Volta ao País Basco, Volta à Romandia, Critérium du Dauphiné e, claro, a Volta à Suíça. Uma vitória em solo helvético colocaria o nome de Roglic num patamar ainda mais exclusivo do ciclismo mundial, algo que, para já, terá de esperar mais um ano.

Inicialmente, caso a Volta a França fosse a única grande volta do calendário de Roglic em 2025, a participação na Suíça até seria lógica, dada a concorrência geralmente menos feroz e o seu perfil montanhoso. Mas o desgaste acumulado no Giro e os riscos de agravar lesões ditaram prudência.

De facto, o Giro deste ano foi marcado pelo infortúnio. Desde a queda na etapa de sterrato, Roglic nunca mais conseguiu recuperar o ritmo. O seu desempenho foi decaindo até à queda na 16ª etapa, que precipitou a saída da prova onde defendia o título conquistado em 2023.

A grande questão agora é saber se Roglic conseguirá ombrear com os "três grandes" na Volta a França. Num cenário cada vez mais dominado por Pogacar, será difícil, mas o esloveno tem um objetivo claro: manter-se em cima da bicicleta e evitar mais uma desistência inesperada. O Tour de 2024 deixou-lhe marcas profundas, e em 2025, tendo em conta o seu nível atual e a concorrência feroz, o top 10 já seria um bom resultado.