Paul Seixas esclarece sobre a sua participação no Tour: "Independentemente do resultado no Dauphiné..."

Ciclismo
domingo, 15 junho 2025 a 11:35
seixas
Com apenas 18 anos - uma idade habitual em juniores ou no primeiro ano de sub-23 - Paul Seixas está a impressionar no Critérium du Dauphiné. O jovem francês da Decathlon AG2R La Mondiale tem-se mostrado capaz de seguir com ciclistas nível top 5 em grandes voltas nas montanhas. Já não é apenas um talento em bruto, mas sim um verdadeiro líder em ascensão. No entanto, garante que, apesar da forma exibida, não estará na Volta a França este ano.
"Consegui gerir bem a situação. Foi extremamente duro, tanto a nível mental como físico", explicou Seixas ao Cyclism'Actu após a exigente 7.ª etapa. "Especialmente com o calor, sentimo-lo dez vezes mais. Desde a primeira subida, foi a todo o vapor. Não me senti muito bem no início. Os primeiros 30 minutos foram bons, mas no final da subida estava um pouco pior. Disse para mim próprio: 'Vamos ver como corre'."
"Depois, na Croix de Fer, encontrei as minhas pernas um pouco melhor quando o ritmo abrandou. Consegui chegar à frente e guardar alguma energia para a última subida e, depois disso, consegui evitar explodir. Sofri durante a série de subidas, mas isso é normal e, mesmo assim, acho que consegui fazê-las muito bem".
Paul Seixas tem ascendência portuguesa - o seu avô é português e ele nasceu numa região com muita emigração lusa, Lyon
Paul Seixas tem ascendência portuguesa - o seu avô é português e ele nasceu numa região com muita emigração lusa, Lyon
Apesar de estar apenas na sua segunda corrida World Tour, Seixas tem vindo a subir na geral etapa após etapa. O Top 10 alcançado no contrarrelógio já surpreendera, mas foi nas etapas de montanha em Combloux e Valmeinier, ambas corridas num ritmo infernal, que deu verdadeiro espetáculo. Este sábado, ascendeu ao sexto lugar da geral, superando nomes como Matteo Jorgenson, Carlos Rodríguez e Enric Mas.
A Decathlon AG2R chegou mesmo a assumir a dianteira do pelotão no arranque da última subida da jornada. "Se o Bruno Armirail puxou na frente, foi sobretudo para me proteger. Preferi andar ao meu ritmo, em vez de andar a um ritmo alucinante como a UAE ou a Visma. Não queria que o meu motor rebentasse logo e atrasasse um pouco a luta, porque não sabia se ia aguentar".
Seixas não lutou pela vitória da etapa, mas fez uma exibição notável e deu mais um salto na geral. "Obviamente, dá-me muita confiança. Os ciclistas com quem estou a terminar são tipos que vejo na televisão, que estão a dar tudo por tudo, e eu consegui agarrar-me a eles e fazer parte disso. É um motivo de orgulho. Amanhã só espero aguentar-me e sobreviver, e veremos como corre no final".
Por fim, esclareceu de forma definitiva que o excelente desempenho não muda os planos da equipa para 2025. "Não. É sem dúvida um sonho fazer o Tour, mas não faz sentido fazê-lo agora. Independentemente do resultado no Dauphiné, não vou participar no Tour este ano", concluiu.
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