Romain Grégoire segurou a liderança da classificação geral na
Volta à Suíça, mas a jornada deixou um sabor agridoce ao jovem francês. Apesar de vestir novamente a camisola amarela, o ciclista da Groupama-FDJ não escondeu a frustração por não ter conseguido retribuir o esforço dos colegas com uma vitória de etapa.
"Foi um dia difícil, apesar de tudo. Tentamos realmente controlá-lo com a equipa, com o objetivo de vencer a etapa. Estou um pouco desiludido por não lhes poder agradecer e recompensá-los com uma vitória... mas não estou em segundo lugar, por isso não me arrependo", afirmou Grégoire, fazendo referência à sequência de pódios que tem acumulado nesta temporada.
Num final desenhado para sprinters com boa resistência, o francês teve de lidar com um sprint mais numeroso do que o ideal para as suas características. "Foi um sprint. Os últimos três quilómetros foram muito duros. Fui batido por dois dos ciclistas mais fortes do pelotão e, na frente, havia um ciclista [Quinn Simmons] que deu um verdadeiro espetáculo... Não me arrependo de nada", confessou, reconhecendo o mérito do norte-americano que triunfou a solo.
Romain Gregoire venceu a etapa inaugural da Volta à Suiça 2025
No plano da classificação geral, Grégoire mantém-se no topo com 25 segundos de vantagem sobre o compatriota Kévin Vauquelin, que tem apenas dois segundos de vantagem sobre Bart Lemmen e Julian Alaphilippe, que promete continuar a ser um dos elementos mais combativos nas próximas etapas.
A Volta à Suíça prossegue esta quarta-feira com a longa e desafiante ascensão ao Splüngenpass, numa subida de 35 quilómetros que promete testar as reservas de todos os candidatos à geral. Embora não se espere uma revolução na geral, os ciclistas que beneficiaram da fuga na primeira etapa poderão começar a perder terreno.
Grégoire antecipa um dia exigente, onde o principal desafio será manter-se resguardado e responder aos ataques. "Amanhã é claramente uma mudança de paradigma. Vamos ver como corre, estou à espera de um dia complicado. Penso que amanhã vão tentar ganhar-me tempo, o que é normal... Mesmo que haja estes últimos 40 quilómetros a descer, penso que terei de ser sólido", rematou.
O líder da Volta à Suíça sabe que ainda tem muito caminho pela frente, mas continua a dar sinais de consistência e maturidade, mesmo num cenário cada vez mais imprevisível.