Ruben Guerreiro vai ser uma das principais apostas da Movistar Team no Tour Down Under, que começa esta terça-feira. O português vai para a sua 8ª época consecutiva no World Tour, sendo que tem contrato até 2025. É a 4ª vez que corre a prova-rainha do ciclismo australiano.
Em entrevista ao jornal "A Bola", o ciclista de Pegões admitiu que tem ambições de lutar pelo pódio no Tour Down Under, mas ressalva que um lugar no top10 já seria um bom resultado. Em relação a ser o líder da Movistar para a prova, Ruben rejeita o estatuto e admite que ainda não está na sua melhor forma.
"Não podemos afirmar que sou o chefe de fila, no ciclismo moderno isso só acontece nas grandes voltas, estou na Austrália como forte aposta da equipa, que também dispõe de Gonzalo Serrano para discutir a geral, ele que atravessa um bom momento de forma. Pela minha parte reconheço que devido à recuperação da fratura da clavícula devo estar a 70 por cento, tenho treinado bem mas competir é bem diferente", afirma Guerreiro.
O português da Movistar analisou o percurso da corrida australiana que classifica como um dos mais duros dos últimos anos. "As duas últimas etapas, com essas duas chegadas a subir, encaixam-se nas minhas caraterísticas, vai ser importante o trabalho coletivo desde que nos dias anteriores consiga manter-me com os da frente. Devido às dificuldades nas últimas etapas, prevejo que seja uma corrida muito tática para que não existam grandes diferenças quando chegarem as decisões."
Ruben Guerreiro também destacou a estrada potencialmente escorregadia na 1ª etapa e a chegada em subida na 2ª, em Stirling. O português foi questionado sobre o seu calendário e admitiu que o mesmo sofrerá alterações, uma vez que a equipa pretende acumular o máximo possível de pontos UCI.
"Depois do Tour Down Under vou correr a Champion Figueira e dois dias depois a Volta a Andaluzia juntamente com o Nelson Oliveira. Antes das clássicas das Ardenas é possível que volte a correr O Gran Camiño mas ainda não tive confirmação, depois de ter sido terceiro em 2023, atrás de Vingegaard e Herrada."
Questionado pelo jornal se irá estar presente nos Campeonatos Nacionais, Guerreiro diz que fará tudo o que estiver ao seu alcance para estar presente, uma vez que os nacionais e a Figueira Champions Classic acabam por ser as únicas hipóteses que tem de correr em Portugal.