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Volta a Itália fazia parte dos planos de
Ruben Guerreiro para 2024, pelo que a sua ausência do alinhamento da
Movistar Team para a "Corsa Rosa" saltou à vista. Contudo, o português de 28 anos já não corria desde o
GP Miguel Indurain, prova em que caiu e abandonou, pelo que não foi assim tão surpreendente que ficasse de fora da primeira Grande Volta da época.
No entanto, em declarações à agência Lusa, Ruben revela que a queda na prova espanhola apenas lhe causou uma "luxação no cotovelo" que não o impedia de treinar nem condicionava o seu quotidiano.
"Segui para Serra Nevada, para fazer a preparação para o Giro, mas na Serra Nevada realmente comecei a ter uma forte dor nas costas, na zona da lombar e da cervical. Era uma dor realmente muito forte. Depois de exames feitos, foram detetadas duas hérnias. Os especialistas dizem que foi devido às várias quedas dos últimos ano"
Ruben Guerreiro fala de uma recuperação "muito, muito lenta". O ciclista de 29 anos tem contrato com a Movistar até 2025.
"Tenho feito fisioterapia normal e o corpo não evolui. Realmente, as coisas têm sido muito difíceis para mim, porque tive algumas lesões e quedas e sempre foram fáceis de tratar e recuperar, e agora com as duas hérnias tenho vindo a ser impossibilitado de treinar, de fazer o meu dia a dia, porque requer uma paragem muito grande."
"Neste momento, posso dizer que tenho um pouco o meu ano em risco e a minha carreira também, porque, com esta idade e com o ciclismo atual, é difícil parar tanto tempo", conclui.
Ruben Guerreiro foi o primeiro ciclista português a ganhar uma classificação numa Grande Volta. Fê-lo em 2020, quando ganhou a camisola da montanha no Giro, no qual também conquistou uma etapa. Ao longo da sua carreira representou a Trek-Segafredo, a Katusha, a EF Education-EasyPost e corre com as cores da Movistar Team desde 2023.