Os planos da Team Visma | Lease a Bike para a
Volta a França deste verão ainda estão muito no ar. Depois de uma primavera em que a equipa foi dizimada por lesões, duas das suas maiores estrelas,
Wout van Aert e
Jonas Vingegaard, enfrentam uma corrida contra o tempo para estar presentes no Tour.
"O Wout está um pouco mais à frente do que o Jonas. Estão de novo a pedalar. Wout já mais do que o Jonas", avalia
Richard Plugge, Diretor da Team Visma | Lease a Bike, numa extensa entrevista à HLN sobre o estado da sua dupla de estrelas. "Inicialmente, era importante para eles voltarem a estar saudáveis. Agora estou satisfeito por poderem fazer algumas coisas fisicamente. Depois disso, podem pensar em quando voltarão a ser atletas. Só depois é que podemos falar de um calendário".
Depois de a estreia de van Aert na Volta a Itália ter ficado adiada após uma queda na Dwars Door Vlaanderen que deixou o belga com fraturas na clavícula, nas costelas e no esterno. Já Vingegaard foi ao chão na Volta ao País Basco e sofreu fraturas na clavícula, nas costelas e, o que é mais preocupante, um pneumotórax. "Da forma como as coisas estão a correr agora, dentro de uma ou duas semanas poderemos voltar a falar com ele como atleta", diz Plugge, no entanto, com otimismo. "Com o Wout, temos de ver como podemos planear a semana seguinte. No que diz respeito ao Jonas, o Tour não está fora de questão para nós."
No entanto, depois de ter vencido as duas últimas edições da Volta a França, Vingegaard não vai correr só por correr. "Só iremos ao Tour com o Jonas se ele estiver a 100 por cento", insiste Plugge. "Ele é alguém que aprende rapidamente e é incrivelmente talentoso. Dentro de duas semanas, no máximo, saberemos se o Tour é fazível Não antes. Continuo a ter grandes esperanças nele."
De acordo com Plugge, o regresso de van Aert e Vingegaard ai pelotão não só tornará mais forte a Team Visma | Lease a Bike, como também o ciclismo no seu todo. "Com todo o respeito, é excelente a forma como Tadej Pogacar ganhou Liège, mas faltaram-lhe ciclistas do seu calibre que lhe poderiam dificultar a vida. Para o ciclismo, isso foi uma tragédia", explica. "Não ajudou nenhuma equipa o facto de termos assistido três vezes a um monumento em que um ciclista se afasta quarenta ou setenta quilómetros antes do final e chega ao fim sozinho. Sem o Wout, o Remco, o Primoz ou o Jonas a dar-lhes trabalho."
"As pessoas querem ver espetáculo", conclui Plugge. "Os solos de 40 quilómetros são agradáveis, mas penso que todos os adeptos preferem ver a batalha até ao último momento. Penso nisso, porque isto foi extremamente prejudicial para o ciclismo."