Rui Costa descreve a experiência de correr uma Grande Volta em casa: "Sente-se muito o quanto Portugal apoia o ciclismo, o quanto Portugal gosta de ciclismo"

Ciclismo
segunda-feira, 19 agosto 2024 a 14:09
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Rui Costa é um dos 3 ciclistas portugueses no pelotão da Volta a Espanha de 2024. Aos 37 anos, está a realizar a sua 18ª Grande Volta, com a particularidade de realizar três etapas em Portugal e, ainda para mais, com a camisola de campeão nacional, algo que o ciclista da EF Education - EasyPost valoriza.
"Tem um significado muito grande. E também, de certa forma, é motivo de enorme orgulho para mim, de demonstração da nossa camisola a nível internacional. Sinto-me muito honrado por poder levá-la, sobretudo por estar aqui em Portugal, junto de todos os portugueses que nos apoiam durante todo o ano abertamente e têm sido fantásticos com todos nós", assinala o campeão do Mundo de 2013, em declarações à Agência Lusa citada pelo Record.
A missão de Rui Costa nesta Vuelta é ajudar Richard Carapaz na classificação geral, depois de já ter estado ao lado do equatoriano na Volta a França. O tricampeão nacional admite que não teve muito tempo para recuperar entre o Tour e os Jogos Olímpicos e que está à espera de "ir em crescendo durante estas três semanas".
"Vamos lutar por isso, apesar que o objetivo número um da equipa é realmente estarmos com o Richard Carapaz, apoiá-lo durante toda esta Volta, porque acreditamos que ele possa fazer um pódio final", aponta o português que admite ainda lutar por uma vitória de etapa. "Realmente, se essa oportunidade surgir, espero estar num dia bom, porque é certo que todos os dias serão dias de alguma exigência".
Rui Costa sagrou-se campeão nacional, pela terceira vez, em junho
Rui Costa sagrou-se campeão nacional, pela terceira vez, em junho
A época de Rui Costa tem sido bastante agitada. Começou com uma queda na Volta ao Algarve que o afastou das clássicas da primavera, mas voltou em junho, mesmo a tempo de se destacar no GP des Kantons Aargau e numa etapa da Volta à Suíça. Ficou em 3º lugar no Campeonato Nacional de contrarrelógio e conquistou a prova de fundo o que lhe valeu a ida ao Tour de France. Já na Grand Boucle, o corredor da Póvoa de Varzim teve menos sucesso, apesar de ter integrado algumas fugas. Nos Jogos Olímpicos, um furo deitou por terra as suas esperanças de conseguir um bom resultado. Ainda assim, os principais objetivos foram cumpridos.
"É óbvio que depois disso, ou após a queda, o objetivo foi sempre voltar a estar no Tour, voltar a estar na Volta a Espanha. Eram os meus objetivos principais. Pude estar presente. Os Jogos Olímpicos também eram um objetivo, foi pena da maneira como terminou", assinala.
Tal como João Almeida, Rui Costa aprecia o apoio do público português nas três etapas da Vuelta que decorrem em solo luso. A última destas decorre hoje, com a ligação entre Lousã e Castelo Branco. "Não há quase palavras para descrever o quanto as pessoas nos apoiam, o quanto as pessoas nos seguem. Realmente, sente-se muito o quanto Portugal apoia o ciclismo, o quanto Portugal gosta de ciclismo, isso é bom de saber. Não é que seja algo novo para mim, mas, sem dúvida, que pela primeira vez estar numa grande Volta, com a saída de Lisboa, tem-no demonstrado".

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