Rui Oliveira fala sobre o trabalho de Tadej Pogacar para os colegas de equipa: "Uma pessoa fica sem palavras, porque não é expectável ele fazer isso, e ele fá-lo"

Tadej Pogacar parece um "faz tudo" na Volta a Itália: lidera a corrida, a ganha etapas e até lança o sprint do seu colega de equipa Juan Sebastián Molano no final da etapa 9. Rui Oliveira, o único português presente no Giro, não para de se surpreender com o líder da corrida;

"Mesmo tendo o melhor ciclista do mundo, as coisas não são assim tão fáceis. Por detrás destes 2 minutos e 40 segundos de vantagem, passámos por muito nestes 9 dias", disse Oliveira em entrevista à Portugal Cycling Magazine. "É preciso ter muita sorte, mas obviamente também buscamos a sorte, buscamos estar fora de perigo, e acho que, enquanto equipa, temos feito um trabalho extraordinário."

Até agora, em 9 dias de corrida, Pogacar não sofreu qualquer incidente (exceto uma pequena queda devido a um furo na base da subida de Oropa na etapa 2), não perdeu tempo desnecessário e tem-se mostrado sempre pronto para qualquer situação. É, sem dúvida, o homem a abater, mas o gaiense sabe que nada está garantido: "Acho que estes 2 minutos e 40 segundos são uma vantagem boa, mas não querem dizer nada. Basta um dia mau, basta uma queda, basta um furo num mau momento, tudo pode acontecer..."

"2, 3, 4, 5 minutos, é preciso ter atenção todos os dias. É por isso que vamos com os pés assentes na terra e com calma, porque ainda faltam duas semanas." Oliveira chegou ao Giro com o papel de lançador principal de Juan Sebastián Molano, mas foi o próprio Pogacar quem serviu esse objetivo em Nápoles.

Pogacar fez um excelente trabalho na frente do pelotão antes do final, o que permitiu que os sprinters lutassem pelo triunfo. "Ele não tem obrigação de fazer nada no final, só tem que seguir o grupo principal, não perder tempo e salvar energia, mas ele é verdadeiramente um campeão (...) ter uma pessoa com o Tadej é simplesmente gratificante, uma pessoa fica sem palavras, porque não é expectável ele fazer isso, e ele fá-lo", diz Oliveira sobre o seu colega de equipa.

Este é outro fator que leva à confiança e ao empenho da equipa em dar tudo o que tem para ajudar igualmente o seu líder a conquistar a camisola rosa. "A única coisa que nós podemos fazer por ele é, nas outras etapas, dar 200% por ele, porque sinceramente ele merece tudo."

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