Não foi o desfecho que
Sarah Gigante e a
AG Insurance - Soudal tinham imaginado. A australiana de 24 anos começou a última etapa da
Volta a França Feminina 2025 em segundo lugar da geral, mas viveu um dia solitário e sofrido nas montanhas, terminando em sexto depois de perder terreno na descida do Col de Joux Plane.
“Fui rapidamente deixada para trás nas descidas técnicas e longas”, confessou a trepadora após cortar a meta em Châtel Les Portes du Soleil, com um sorriso cansado apesar da evidente frustração. “Não me senti forte em nenhum momento do dia, tornou-se uma etapa super difícil e solitária.”
A corrida parecia encaminhar-se para um resultado histórico para a australiana, que fez do Tour deste ano uma verdadeira rutura na sua carreira. A AG Insurance - Soudal apostou todas as fichas na etapa final, animando a corrida no Col de Joux Plane. Mas, quando a estrada virou para baixo, a conhecida fragilidade de Gigante nas descidas foi decisiva. O grupo da geral afastou-se, e as diferenças de tempo cresceram rapidamente. “Doem-me as pernas”, disse, num tom relativamente animado. “É claro que queria terminar no pódio. Mas, quando olhar para trás, sei que dei tudo o que tinha.”
Mesmo com o colapso na etapa final, Gigante não apontou culpas à equipa. A campeã belga Justine Ghekiere, sua principal escudeira durante a corrida, assumiu a responsabilidade pelo mau dia coletivo. “Acho que todos temos dias maus. Já na primeira subida senti a dureza da etapa. Quando chegamos ao Joux Plane, só pensei em dar tudo porque sabia que não ia aguentar muito mais.”
Gigante, no entanto, foi firme ao defender as colegas: “Eu não tinha as pernas para acabar o trabalho.”
O abraço emocionado entre as duas na meta simbolizou mais do que qualquer análise pós-corrida: união e resiliência. Apesar da queda na classificação, Gigante saiu orgulhosa da prestação da equipa. “Mostramos que já não somos uma equipa pequena. Voltaremos no próximo ano mais fortes.”