Óscar Freire arrepende-se de ter passado nove anos no Rabobank: "Disse ao meu irmão que era a última equipa para onde queria ir"

Óscar Freire lamenta, em retrospetiva, o facto de ter corrido para o Rabobank durante nove épocas consecutivas. É o que diz o antigo ciclista espanhol, que se sagrou campeão do mundo por três vezes na sua carreira, numa entrevista recente à RIDE Magazine.

Freire juntou-se à equipa holandesa em 2003. "O Rabobank já tinha perguntado ao meu irmão António, um ano antes, se eu estava interessado em entrar para a equipa", conta à RIDE. "O António era o meu agente. Não era certamente numa equipa holandesa que eu estava a pensar. Na verdade, eu disse que a Rabobank era a última equipa para onde eu queria ir. Eu ainda era jovem, mas já tinha sido campeão do mundo duas vezes. Havia interesse de muitas equipas".

"No início foi difícil. Concordámos que eu podia trazer a minha própria massagista, Joseba, de Espanha. Mas a Joseba tinha um programa completamente diferente do meu nos primeiros meses", diz Freire. "Falava-se muito holandês à mesa. Eu era um pouco estranho. Isso também se reflete nos resultados desse primeiro ano. No segundo ano correu muito melhor."

"Não será por acaso que também ganhei o Milão-San Remo e o campeonato do mundo. O meu contrato foi prolongado. E depois mais algumas vezes. Acabaram por ser nove épocas", recorda. "Se for honesto e olhar para trás, a minha carreira foi demasiado longa. Sempre fui muito descontraído e, ao fim de tanto tempo, tudo se torna normal. Mudar de equipa manteve-me alerta. Depois, teria de voltar a provar o meu valor e teria certamente sentido mais pressão. Eu precisava disso".

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