Com a
Volta a Espanha 2025 à porta,
Chris Horner (vencedor da edição de 2013) partilhou no seu canal
Beyond the Coverage a análise ao grande favorito,
Jonas Vingegaard, e às ameaças que poderão surgir ao dinamarquês nas próximas três semanas.
A força coletiva da Visma
Para Horner, a superioridade coletiva da
Team Visma | Lease a Bike é um trunfo inegável. “Nenhuma corrida é imprevisível quando se entra nela com uma equipa forte. Olhando para os colegas de Jonas Vingegaard e Sepp Kuss, sabemos da profundidade: Kelderman, Tulett, Van Baarle, o meu amigo Campenaerts, Axel Zingle e Jorgenson, que acabou o Tour, são os homens que o acompanham. É um bloco muito sólido”, explicou.
A dúvida: a forma de Vingegaard
Apesar disso, Horner não escondeu a sua reserva sobre a condição do bicampeão da Volta a França. “Ele é, sem dúvida, o favorito número um para a Vuelta. Mas em 2025 ainda não mostrou a forma dominante de anos anteriores.”
O antigo profissional recordou a temporada irregular do dinamarquês: “No Algarve ganhou, mas perdeu na chegada em alto (para João Almeida e Jan Christen). Venceu o contrarrelógio e a geral, mas no Paris-Nice voltou a perder nas montanhas para a Emirates (novamente para João Almeida). Depois teve a queda com concussão. No Dauphiné disse estar a fazer os seus melhores números, mas perdeu para Pogacar e até o Lipowitz andou ao ritmo dele. No Tour terminou em segundo, um resultado enorme, mas não vimos o Jonas inatacável de 2022 e 2023. Mesmo ciclistas que não eram Pogacar conseguiram estar muito próximos da sua roda em etapas-chave.”
UAE surge como principal rival
Horner apontou diretamente a UAE Team Emirates (com João Almeida e Juan Ayuso) como a grande ameaça ao domínio da Visma. “Se o Jonas não estiver a 100%, a UAE pode castigá-lo. O Almeida e o Ayuso têm estado fortes toda a época e sabem aproveitar oportunidades. Se ele repetir um dia mau como no Tour, em que perdeu mais de dois minutos logo na primeira etapa de montanha, a Vuelta pode fugir-lhe.”
A receita para a vitória
O americano acredita que a tática para a Visma é clara: “Quando tens a equipa mais forte, controlas a corrida todos os dias. O Jonas só precisa de esperar pela última montanha. Se estiver no seu melhor, arrasa toda a gente. Se não estiver, vamos ter uma grande batalha. Porque o Almeida e o Ayuso vão estar lá, prontos para atacar.”