Shari Bossuyt é um dos nomes mais promissores do ciclismo feminino belga. A jovem de 23 anos, natural de Kortrijk, tinha acabado de fazer um brilhante 2022 na estrada e estava a conquistar um espaço considerável na pista, mesmo, se não sobretudo, emparelhada com Lotte Kopecky, com quem conquistou o título mundial de Madison em 2022.
2023 começou bem para Bossuyt, que, com a camisola da Canyon/SRAM, tinha ganho uma etapa na Volta à Normandia e tinha obtido uma série de bons resultados nas Clássicas do Norte. Foi nessa altura que surgiu a notícia que mudou completamente a sua época, se não mesmo a sua carreira, sobre um teste de doping positivo.
Bossuyt tem de começar a recalibrar as suas ambições: "Tinha o sonho de ganhar o ouro nos Jogos Olímpicos de Paris em 2024, juntamente com Kopecky, mas neste momento nem sequer penso que ainda tenho hipóteses de ir aos Jogos Olímpicos. Já não acredito nisso", desiste Bossuyt.
"Além disso, desde junho, de acordo com os regulamentos, a equipa deixou de me pagar. Durante alguns meses, consegui sobreviver com o que tinha poupado, mas depois tive de começar a trabalhar a tempo parcial. Encontrei um emprego no sector do marketing, com um contrato a termo certo de 6 meses", conclui.